Fechamento SBV21 (11/ago): 19,47 c/lb (-12 pts)
_Viés do dia: Misto_
_Suporte: 19,00_
_Resistência: 19,80_
_Neste momento SBV21: 19,58 (+11 pts)_
Após o rally observado na véspera, o contrato continuo do NY#11 sofreu leve correção, que não foi acompanhada nas demais telas que obtiveram ganhos na quarta-feira, à medida que os agentes ainda digeriam principalmente o relatório da UNICA.
Preocupações com o clima no CS ainda acentuadas seguem como o principal fator no campo dos fundamentos, e segue sustentando a tendência altista que já pode ser observada na sessão de hoje, porém é interessante citar que ontem houve uma redução 5.512 do Open Interest dos dois contratos. O movimento deve ser explicado em parte por Comerciais recomprando posições, mas também pode ter tido participação dos Specs; como tal, isto pode apresentar-se como limitante para uma escalada drástica no curtíssimo prazo.
No cenário dos combustíveis, o Presidente da República sancionou Medida Provisória que libera a comercialização de etanol direta entre usina e posto, além de acabar com a obrigatoriedade de fidelidade à bandeira; embora alguns analistas argumentem que isso pode baratear os preços de etanol ao consumidor final, ainda não se sabe o real impacto da MP na prática.
Ontem o indicador StoneX para o etanol encerrou em alta, com tanto o anidro quanto o hidratado cotados à R$ 3,80/L (PVU RP-SP); hoje entra em vigor o aumento linear que a Petrobras impôs na gasolina, de R$ 0,0935/L, o que, somado à força no mercado de açúcar, deve dar sustentação ao alto patamar de preços do biocombustível.
Câmbio
_Fechamento (11/ago): R$ 5,2205 (+0,58%)_
_Viés do dia: Misto_
_Suporte: R$ 5,15_
_Resistência: R$ 5,27_
_Dollar Index: 92,942 (+0,03%)_
Apesar de um exterior amplamente favorável à divisas emergentes, o real teve uma sessão de depreciação ante o dólar nesta quarta-feira na esteira de um ambiente doméstico ainda muito incerto.
No exterior, o índice dólar recuou após dados do índice de preços ao consumidor americano demonstrarem um aceleração da inflação menor que o esperado (o núcleo do índice avançou 0,3% ante expectativa de 0,4%), tirando força do dólar com a perspectiva de que o FED não deve alterar sua política monetária no curto prazo; A moeda americana foi à mínima logo após isso (R$ 5,1651).
O real voltou a se deteriorar após comentários do presidente Jair Bolsonaro, que voltou a atacar as urnas eletrônicas e levantar suspeitas sobre as eleições, frustrando a expectativa do presidente da câmara que o assunto se desse por encerrado após votação no plenário da câmara. Além disso, o presidente também citou questões sobre impostos sobre combustíveis e energia elétrica, trazendo aos mercados o receio da intervenção estatal. Também ontem, o texto da reforma do Imposto de Renda ficou sem acordo na Câmara dos Deputados e acabou sendo retirado de pauta, o que pode frustrar investidores quanto ao avanço da agenda de reformas no restante do mandato de Bolsonaro.
Hoje, mercados globais operam sem um sentido claro, com o Dollar Index também no zero a zero. A sessão pode ter mais volatilidade a partir das 9:30h, quando serão divulgados o IPP americano e os pedidos iniciais por Seguro Desemprego no país, dados que devem dar aos agentes um panorama da situação econômica nos EUA e servir como um termômetro para os próximos passos do FED.
Fonte: StoneX