Fechamento SBV21 (10/set): 18,79 c/lb (-45 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 18,50
Resistência: 19,30
Neste momento SBV21: 18,75 (-4 pts)
Os futuros do demerara encerraram a semana em queda em NY, com o contrato contínuo fechando próximo as mínimas da semana. Alguns fatores contribuíram para este quadro: primeiro, o acompanhamento quinzenal da UNICA trouxe dados já precificados pelo mercado, mantendo a expectativa de moagem em 530 MMT (ainda que com viés de baixa) e chuvas no CS aliviam a tensão ao redor do clima, ainda que este siga como um tema preocupante; segundo, perspectivas mais favoráveis para os players do hemisfério norte, em especial Tailândia e Índia, trazem certo alívio para o fato de que a produção no Centro-Sul brasileiro deve apresentar uma entressafra mais longa.
Soma-se à este quadro de oferta um pouco menos incerto no curto-prazo, uma demanda bastante arrefecida, indicada pelo line-up no porto de Santos totalizando 1,022 MMT, ante 1,661 MMT na semana passada (recuo de 38%) e prêmio consideravelmente abaixo das mínimas históricas (impacto também do câmbio desvalorizado). Com isso, a entrega do açúcar branco em Londres nesta quarta-feira (15) não deve ser volumosa.
Este cenário fomentou nova redução de posições por parte dos specs, que apresentaram saldo líquido comprado 12 mil lotes menor, em 238.755 contratos (-4,80%) até terça-feira (07), segundo o CFTC. Espera-se que a posição comprada tenha sido ainda mais reduzida deste então, tendo em vista que as cotações em NY ampliaram seu enfraquecimento e, inclusive, recuam levemente nesta manhã. Todavia, vale destacar que o RSI (Índice de Força Relativa) de 09 dias se posicionou pouco acima dos 30 pontos na sexta-feira – precisamente 31,04 – indicando que o mercado se aproxima da sobrevenda. Assim, salientamos que apesar da recente correção em NY, a tendência de alta ainda permanece como mercado se mantendo acima dos 18,70 c/lb, importante suporte.
Câmbio
Fechamento (10/set): R$ 5,2468 (+0,81%)
Viés do dia: Misto
Suporte: R$ 5,15
Resistência: R$ 5,30
Dollar Index: 92,840 (+0,29%)
Na última sexta-feira, o dólar se apreciou ante o real na segunda metade da sessão, na esteira do fortalecimento global da divisa americana e com investidores buscando proteção diante de um fim de semana que poderia trazer novos elementos para inflamar o cenário político. Apesar de testar máxima em R$ 5,2703, a taxa não encerrou acima da marca dos 5,25; na semana, a apreciação foi de 1,6%.
No Brasil, ontem protestos contra o governo do Presidente Jair Bolsonaro ocorreram em diversas cidades do país, mas foram marcados pela baixa adesão e repercutiram pouco; agora agentes mantém no radar os próximos passos do Presidente e se ele manterá o tom conciliador adotado na última quinta. No cenário econômico, atenção ao IBC-Br na quarta (15), prévia do PIB, em que economistas esperam avanço de 0,4% da economia brasileira no mês de Julho frente ao anterior.
Já no exterior, as atenções voltam-se à números de inflação: amanhã (14) teremos o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de agosto nos EUA, dado que, mesmo secundário no momento, ainda pode exercer influência nas decisões do FED. Já na sexta (17), o mesmo dado será divulgado para a Zona do Euro, e deve começar a calibrar as expectativas do mercado quanto à próxima decisão do BCE.
Hoje, bolsas globais operam num sentimento tendendo mais ao positivo, indicando provável apetite ao risco na sessão.
Fonte: StoneX