Fechamento SBV22 (12/09): 18,35 c/lb (+ 13 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 18,05 e 17,90
Resistência: 18,52 e 18,66
Neste momento (SBV22): 18,29 (-6 pts)
Em um movimento generalizado de maior apetite pelo risco, os futuros do açúcar em NY operaram em alta ontem, com o contrato contínuo chegando à máxima de 18,52 c/lb, forte nível de resistência observado nas últimas semanas.
Hoje, o principal destaque ficará com a divulgação do relatório quinzenal da UNICA, que trará o acompanhamento da safra no Centro-Sul brasileiro até a 2ª quinzena de agosto. O número é amplamente aguardado pelo mercado, visto que possivelmente marcará o pico da safra na região. O relatório será divulgado hoje, às 11h.
Chamamos a atenção também para a revisão nas previsões de La Niña, com 97% de chances de que o fenômeno ocorra no trimestre Ago-Set-Out, 91% de chances de ocorrência entre set-nov e 89% no período entre out-dez. A ocorrência de La Niña significa clima mais seco na região Centro-Sul, o que, por um lado, reflete em um maior aproveitamento de tempo de moagem nos canaviais, permitindo a recuperação do atraso na safra. Por outro lado, as chuvas desses meses são fundamentais para o desenvolvimento dos canaviais para o próximo ciclo, podendo atrasar o início da safra ou, até mesmo, prejudicar a produtividade.
Na Índia, o presidente da ISMA solicitou, em carta para o governo, permissão para exportação de 8 MMT de açúcar na safra 2022/23 (out-set) a fim de manter um balanço de oferta e demanda equilibrado no país. O governo ainda não definiu nenhuma política de exportação para a safra indiana e o presidente da Associação demanda que uma decisão seja tomada o mais rápido possível, já que que as operações devem ter início já na primeira semana de outubro, devido a grande disponibilidade de cana.
Câmbio
Fechamento (12/set): 5,0942 (-1,06%)
Viés do dia: misto
Suporte: 5,02
Resistência: 5,17
Dollar Index: 108,214 (-0,11%)
Encerrando o primeiro pregão da semana, o dólar devolveu boa parte de seus ganhos da última semana, apresentando a maior queda diária dos últimos 30 dias. A queda veio com a antecipação dos agentes frente os dados de inflação dos EUA, com investidores posicionados nos mercados acionários e em divisas como o euro propriamente, o que também provocou a queda do Dollar Index durante a sessão.
Na madrugada de hoje, foram divulgadas na Alemanha, Espanha e Suíça o CPI desses países, lidos majoritariamente acima das última divulgações. As leituras em linha com as projeções de avanço dos índices reforçam o avanço dos preços na União Europeia, devendo culminar em um BCE ainda mais comprometido com o controle da inflação e de postura fortemente hawkish. Tal contexto, caso concretizado, pode voltar a fortalecer o euro frente seus pares, visto que o diferencial de juros do bloco tende a caminhar cada vez mais à uma abertura da janela para a realização de carry trade.
Hoje, a atenção global deverá ser focada primordialmente na agenda econômica dos EUA, a qual contará com a divulgação da principal métrica de inflação do país, o CPI (9h30) e o Resultado Fiscal do Governo (15h). O índice de preços ao consumidor deverá renovar a perspectiva do mercado quanto às medidas tomadas pelo governo para conter a inflação, sendo sua leitura destoante da projeção de 0,3%, um forte driver para o fortalecimento dólar frente seus pares e emergentes.
Hoje, mercados asiáticos encerraram majoritariamente em alta, mesma direção seguida por bolsas europeias e futuros americanos. Mesmo com os ganhos, as atenções estão voltadas aos EUA, devendo a divulgação do CPI impactar significativamente no mercado acionário global. Na volta do feriado na China, o contrato do minério de ferro escalou além dos 2%, com preocupações sobre a oferta e sinais de recuperação de demanda chinesa impulsionando os preços. O Brasil tende a se beneficiar desse cenário, visto que engloba a lista dos maiores produtores globais, possivelmente vendo algum suporte pelo lado do real caso a situação permaneça.
Fonte: StoneX