Fechamento SBH22 (10/dez): 19,71 c/lb (+ 2 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 19,63 e 19,52
Resistência: 19,84
Neste momento SBH22: 19,64 (- 10 pts)
Na sexta-feira, o mercado de açúcar fechou em leve alta, sem muitas novidades no campo dos fundamentos. Na semana, contudo, o adoçante apresentou alta de quase 100 pontos após falhar no rompimento do suporte na região de 18,50 c/lb.
Hoje, o mercado opera em leve queda, dada a proximidade da resistência encontrada na região de 19,80 c/lb. Dentre os fatores que podem contribuir com o rompimento desse patamar, destacamos a possibilidade de recuperação na demanda pelo açúcar. Na China, condições climáticas adversas tem prejudicado a produção e levado a substituição de cultura em algumas regiões, fato que deve contribuir com maior demanda chinesa pelo produto no mercado internacional ao longo deste ciclo.
No mercado de combustíveis, o patamar de US$ 75,00/barril deve seguir como nível de resistência neste curto-prazo, limitando também a alta do etanol no mercado interno brasileiro, que se encontra ainda em R$ 3,95/l para o hidratado (PVU com impostos), mas com maior liquidez nos R$ 3,90/l. Destacamos, contudo, a redução na paridade de preços nas bombas de SP na última semana, que voltou para 78,8% (vs. 81% na semana anterior). Como temos comentado, tal dinâmica pode ser favorável à retomada do consumo do biocombustível em detrimento da gasolina, trazendo suporte para os preços nos patamares atuais.
Esta semana, o mercado se atenta também à divulgação do relatório da UNICA referente a segunda quinzena do mês de novembro, com moagem quinzenal esperada em torno de 5 MMT, dado o menor número de usinas ainda em atividade.
Câmbio
Fechamento (10/dez): 5,6092 (+0,52%)
Viés do dia: Misto/Altista
Suporte: 5,49
Resistência: 5,69
Dollar Index: 96,37 (+0,29%)
O dólar encerrou a última sessão em alta moderada ante o real, mesmo em um dia de queda para a divisa americana no exterior. Apesar da divisa brasileira encerrar a semana fortalecida (-1,16%), a divulgação da inflação no Brasil e nos EUA movimentou o mercado na última sessão.
A pressão que envolve o nível atual dos preços é o principal tema entre os bancos centrais no mundo. Na última sessão, a divulgação do IPCA no Brasil apontou alta de 0,95% em novembro, dado abaixo da média esperada, ao passo que a divulgação do CPI nos EUA apontou +0,8%, levemente acima do esperado, mas ainda assim o maior nível em 40 anos. Se por um lado o arrefecimento da inflação no Brasil abre espaço para que o BC tenha mais cautela na elevação dos juros, a pressão ainda maior nos EUA motiva a aceleração do aperto monetário por parte do FED, que deve retirar os estímulos antes e elevar a taxa de juros antes do previsto. Desse modo, com decisões ao longo da semana de políticas monetárias ao redor do mundo, como do BCE, BoE e BoJ, o dólar deve se manter forte ante seus pares, com perspectivas da política monetária mais agressiva por parte do FED.
No Brasil, agentes devem focar na apreciação da PEC dos precatórios na Câmara dos Deputados após mudanças no texto; apesar do risco de não aprovação ser menor com as mudanças apontadas, o andamento da proposta deve estar no radar esta semana. Ainda no cenário interno, com a decisão do Banco Central em elevar a Selic em 1,5 p.p. e agendar um aumento no mesmo nível para o próximo encontro, a divulgação da ata da reunião do COPOM na terça-feira (14) e do relatório trimestral de inflação na quinta-feira (16) deverão trazer mais pistas sobre a estratégia da política monetária e sobre as características da inflação no país.
Hoje, mercados asiáticos apresentaram resultados mistos, ao passo que bolsas europeias e futuros americanos operam positivamente. Os mercados devem ser influenciados nesta semana sobretudo com as expectativas do aperto monetário nos EUA, mas também devem sofrer volatilidade com as decisões de juros de diversos Bancos Centrais, assim como as perspectivas do anúncio de novas políticas fiscais expansionistas na China para o próximo ano.
Fonte: StoneX