Fechamento SBH22 (11/fev): 18,26 c/lb (- 4 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 18,00 e 17,85
Resistência: 18,50 e 18,68
Neste momento SBH22: 18,37 (+11 pts)
Na sexta-feira, o contrato contínuo do NY#11 encerrou em leve queda, próximo ao equilíbrio. O SBH2 apresentou oscilação ao longo da semana entre 17,84 c/lb e 18,68 c/lb com grande movimentação no spread SBH2-K2, seguindo as rolagens com a proximidade da expiração da tela de Mar/22. O contrato Mai/22 já apresenta um maior open interest (288 mil lotes) em relação ao Mar/22 (195 mil), movimento que deve se manter ao longo dessa semana trazendo volatilidade para o spread (que se encontra ao redor de 0,50 c/lb).
Um fator que pode trazer suporte para o mercado de açúcar na semana é um avanço do petróleo bruto para cima dos USD 95/barril, influenciado pela crise entre Rússia e Ucrânia; hoje o petróleo continua subindo cotado a USD 94/barril.
No Centro-Sul, as precipitações em fevereiro acumularam 77,7 mm até o dia 09/02 (quarta), e a projeção para os próximos 15 dias é de mais 148,79 mm. Diante disso, até o dia 26/02 pode ser registrado 226,49 mm de chuva na região, ultrapassando em 55,23% a média dos últimos 10 anos (145,90 mm). A preocupação com o nível de luminosidade segue como preocupação central para o sucesso do desenvolvimento do canavial.
No mercado de combustíveis, a semana foi de pouca variação no preço do hidratado, que encerrou precificado a R$ 3,47/L (PUV em Ribeirão Preto/SP). Nas bombas, a gasolina C e o etanol hidratado tiveram leve queda, precificados a R$ 6,330 e R$ 4,539, respectivamente, com paridade caindo mais uma vez, a 71,7% - movimento que acreditamos poder trazer maior demanda para o biocombustível nos próximos meses. Esta semana, a expectativa ainda é de suporte para os preços.
Câmbio
Fechamento (11/fev): 5,2481 (-0,03%)
Viés do dia: Misto
Suporte: 5,20
Resistência: 5,30
Dollar Index: 96,27 (+0,71%)
Na sexta-feira, o par USDBRL fechou a sessão praticamente estável, mas registrando a quinta semana consecutiva de ganhos do real ante a divisa americana; na semana, a divisa brasileira valorizou 1,5%, acumulando ganhos de 5,9% em relação ao início do ano. O apetite global à ativos de risco observado nas últimas semanas segue as ações ponderadas do FED, com a instituição mantendo a taxa de juros no momento; tal fator, somado às ações do Banco Central em elevar a taxa de juros no Brasil, favorecem a divisa brasileira, com o grande fluxo de capital externo buscando ganhos no diferencial de juros entre os países.
Apesar da valorização do real nas semanas anteriores, alguns fatores de tensão podem comprometer o recuo da divisa. Tensões entre Ucrânia e Rússia vem aumentando nas últimas sessões, com a alocação de mais tropas russas na fronteira; durante o final de semana, a ligação entre Joe Biden e Vladimir Putin não surtiu novos efeitos, com os EUA voltando a alertar para o ataque iminente da Rússia e solicitando a saída de seus cidadãos do país. Além disso, na quarta-feira (16), serão divulgadas as Atas da Reunião do FOMC, com novas informações sobre a estratégia do FED para a política monetária nos EUA; com a inflação na sua máxima em 40 anos, agentes apontam que o documento pode trazer novas informações sobre a magnitude da próxima elevação, com espaço para aumento de 0,50 p.p., o que pode ser a maior elevação desde 2000. Tais fatores tendem a reduzir o apetite ao risco dos agentes, fator que pode pressionar a desvalorização do real durante a semana.
No Brasil, com a agenda de indicadores mais esvaziada durante a semana, o foco deverá ser em torno da tramitação de dois projetos que visam reduzir os preços dos combustíveis, fatores que também tende a pressionar a divisa brasileira com o aumento da percepção do risco fiscal, considerando a proposta de redução da arrecadação sem a necessidade de compensação no projeto.
Hoje, bolsas asiáticas fecharam em queda, com mercados europeus e futuros americanos seguindo o mesmo sentido. O movimento de queda nas bolsas globais é motivado pelo aumento nas tensões entre Rússia e Ucrânia e perspectivas de avanço na taxa de juros nos EUA, fatores os quais aumentam a aversão ao risco entre os agentes.
Fonte: StoneX