Fechamento SBH22 (14/fev): 18,12 c/lb (-14 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 18,00 e 17,85
Resistência: 18,50 e 18,68
Neste momento SBH22: 18,09 (-3 pts)
Na segunda-feira, o contrato contínuo iniciou a sessão em queda e logo após engatou um movimento de alta seguindo a movimentação do Brent e alcançando a máxima de 18,40 c/lb. Porém ao logo da sessão o mar/22 do NY#11 perdeu força, chegando a mínima de 18,01 c/lb, fechando logo acima desse nível. Hoje, o mercado de açúcar também abre em queda, dando continuidade as perdas da última sessão e acompanhando a queda acentuada do petróleo bruto, cotado à 93,97 US$/barril (-2,60%).
As chuvas no Centro-Sul alcançaram 93,38 mm até o dia 12/02, cerca de 48% do esperado até o dia 27/02, considerando a atual projeção que aponta para mais 98,22 mm até a data, totalizando 191,6 mm no período. Caso a precipitação se consolide conforme o esperado, fevereiro apresentará um nível maior que a média de 10 anos, superando o volume histórico em 12,15%.
No Senado, amanhã (16), serão votadas duas propostas para a redução dos preços dos combustíveis. A primeira proposta tem o objetivo de congelar o ICMS, ao passo que a segunda proposta busca modelar um fundo de compensação. Segundo o relator da proposta, Jean Paul Prates, caso sejam aprovadas, há espaço para redução de 60 centavos nos preços dos combustíveis. Caso as propostas sejam aprovadas, o etanol que se aproxima ao nível de paridade com a gasolina com as quedas recentes, deixará de ser competitivo, ampliando espaço para a produção de açúcar no Brasil, oferecendo resistência aos preços do adoçante.
Hoje, às 10:00, a UNICA divulgará a atualização quinzenal da safra 2021/22 referente à segunda quinzena de janeiro.
Câmbio
Fechamento (14/fev): 5,2191 (-0,55%)
Viés do dia: misto
Suporte: 5,19
Resistência: 5,25
Dollar Index: 96,211 (-0,17%)
Após trocar de sinais pela manhã e diante de pressões geopolíticas e novos comentários do Fed, o real surpreendeu a angariar ganhos frente ao dólar na sessão de segunda-feira. O movimento altista da moeda brasileira, contrapondo-se a grande parte de outras divisas, refletiu o forte fluxo cambial ao país, embasado pela nova perspectiva de elevação da Selic divulgada pelo Boletim Focus da semana.
No Brasil, o rápido ciclo de elevação da taxa de juros, demonstrando a firmeza quanto a postura “hawkish” do BC, ainda tem refletido na atração de capital estrangeiro ao país, sendo em grande parte, a responsável pela apreciação do real no último pregão. Com a divulgação do Boletim Focus apontando a mediana das expectativas de inflação para 12,25%, agentes externos novamente voltam-se ao Brasil buscando o carrego dos títulos soberanos do país; tal feito levou o dólar ao menor nível desde 5 de setembro, tocando brevemente os 5,19 na mínima diária. Ainda que resiliente na última sessão, questões internas como a Pec dos Combustíveis devem voltar a refletir na taxa de câmbio ainda nesta semana.
Nos EUA, na véspera da divulgação das Atas da Reunião do FOMC, o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, voltou a defender a elevação de 1,0% na taxa básica de juros do país até o início de julho. O discurso, que novamente transcreve a forte preocupação quando a inflação acelerando aos 7,5% em janeiro, embasou boa parte dos ganhos da moeda americana frente outros pares fortes na última sessão. Ainda assim, uma parcela considerável do mercado acredita que tais elevações já estão precificadas no câmbio no momento atual o que, em partes, explica a estabilidade do real brasileiro mesmo em meio ao fortalecimento global do dólar.
Em escala global, os mercados refletiram duramente novos desdobramentos da questão geopolítica na Ucrânia, com falas do presidente do país, Volodymyr Zelensky, chegando a cravar a data de invasão das tropas russas para quarta-feira (16). Tal cenário, ainda muito incerto, repercutiu principalmente na Europa, levando índices como DAX (Alemanha) e CAC 40 (França) a operarem com quedas acima dos 3%. No mais, hoje, bolsas asiáticas encerraram novamente com perdas (Nikkei -0,79%; Kospi -1,03%) ao passo em que futuros americanos (Nasdaq +1,42%; S&P 500 +1,07%) e mercados europeus (DAX +1,08%; CAC 40 +0,95%) recuperam parte das perdas de ontem.
Fonte: StoneX