(15/03/22) StoneX: Açúcar & Etanol

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(15/03/22) StoneX: Açúcar & Etanol

15/03/2022

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Fechamento SBK22 (14/mar): 19,13 c/lb (-11 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 18,80 e 18,60
Resistência: 19,10 e 19,30

Neste momento SBK22: 18,77 (-36 pts)

 

Na última sessão, o contrato contínuo do NY#11 voltou a apresentar perdas, assim como diversas outras commodities, após o Brent voltar a se aproximar da marca dos US$ 100/barril. O Brent encerrou a sessão cotado em US$ 106,90/barril (-5,1%), menor valor desde o início de março, com o movimento refletindo perspectivas de avanços nas negociações entre Rússia e Ucrânia, e respondendo também a solicitação da Agência Internacional de Energia (AIE) para a expansão da comercialização de barris por países produtores como forma de limitar o nível de preços.

 

Além desses fatores, o nível do açúcar também parece seguir os fundamentos positivos de O&D, com a boa perspectiva das exportações indianas. Ainda assim, as recentes altas nos combustíveis tendem a pressionar o mix açucareiro na próxima safra, o que pode contribuir como fator de suporte aos preços nas telas mais distantes da expiração, com a arbitragem do etanol acima dos preços do NY, com o anidro sendo precificado a R$ 3,90/L (PVU em Ribeirão Preto), equivalente a 20,59 c/lb, enquanto o hidratado, cotado a R$ 4,10, alcança 19,59 c/lb nos níveis do NY, favorecendo a produção de etanol.

 

A UNICA divulgou na última sessão os dados de produção referente a segunda quinzena de fevereiro. No período, 9 usinas ainda em operação moeram 159,4 mil toneladas de cana, redução de 76,18% na comparação com o mesmo período do ano anterior, com a produção seguindo os níveis favoráveis para a produção de etanol, com o mix 100% direcionado a produção do biocombustível, com destaque ao milho, que representou cerca de 91% na produção total de etanol no período.

 

Hoje, os preços do NY iniciam a sessão em forte queda, influenciado pela redução acentuada nos preços do petróleo, com o Brent cotado a US$ 100,69/barril (-5,81%). Para além disso, o adoçante segue em movimento de correção de preços, realizando ganhos com o mercado tecnicamente mais enfraquecido, como evidencia os spreads N2-V2 e V2-H2 em carrego.

 

Câmbio 

Fechamento (13/mar): 5,1201 (+0,90%)
Viés do dia: misto
Suporte: 5,04
Resistência: 5,18

Dollar Index: 99,117 (+0,12%)

 

Diante de um cenário global de crescente aversão ao risco, o dólar voltou a valorizar-se consideravelmente diante do real no último pregão e elevando-se ao maior patamar visto nas últimas duas semanas. Ainda que o movimento baixista para o real tenha forte influência do panorama geopolítico e macroeconômico, a moeda local também sofreu pressão com a queda dos preços de commodities minerais e da manutenção das incertezas fiscais a respeito do subsídio dos preços dos combustíveis no Brasil.

 

Ainda que o avanço nas negociações entre a Rússia e a Ucrânia tenham trazido certo alívio aos mercados durante as últimas sessões, a postergação da decisão de um possível cessar-fogo de ontem para hoje reforçou um considerável sentimento de aversão ao risco, levando a depreciação de diversas divisas emergentes na última sessão. Vale destacar que além do cenário no Leste Europeu, a escalada das tensões entre a China e Taiwan bem como o forte avanço da variante Ômicron na região também contribuíram com a redução do apetite por risco, restando aos agentes aguardar novas divulgações sobre as situações conflituosas no curtíssimo prazo, assim impactando consideravelmente o real no período.

 

Na perspectiva Norte Americana, o impasse quanto o grau da elevação da taxa de juros pelo Fed tem provocado certo furor aos mercados de divisas, com investidores ponderando os efeitos da decisão monetária. A possível elevação dos juros em 0,50 ponto, antes projetadas em 0,25p.p., pode pressionar ainda mais o real no curto prazo, visto que investidores podem buscar a segurança dos EUA em detrimento de países emergentes como o Brasil. Ainda assim, tal questão deve ser sanada somente na quarta-feira, com a decisão da entidade monetária impactando diretamente o mercado de divisas na sessão.

 

Hoje, bolsas asiáticas encerraram majoritariamente em baixa refletindo dados econômicos expressivamente positivos da China como Vendas no Varejo (+6,7%) e Produção Industrial (+7,5%). No mais, mercados europeus e futuros americanos iniciaram o dia em leve queda com investidores avaliando o desenrolar das tensões geopolíticas.

 

Fonte: StoneX

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