Fechamento SBN21 (14/jun): 17,29 c/lb (-25 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 16,80
Resistência: 17,64
Neste momento SBN1: 17,43 (+14 pts)
Na segunda-feira, os futuros do demerara caíram ao longo de toda a curva futura, com o volume de negócios superando os 200 mil contratos pela 4a sessão consecutiva, à medida que a negociação do spread Jul'21-Out'21 ganha força. O contrato Jul'21 operou dentro do range de 16,93 - 17,50 c/lb, e deve apresentar certa volatilidade hoje, dada a expiração de opções neste vencimento.
O tom mais baixista se deve à crescente expectativa de recuperação da safra no hemisfério norte, devendo compensar a menor produção do Centro-Sul brasileiro. Chuvas de monções já foram registradas em 2/3 do território indiano, sendo que normalmente elas só se iniciam na 2a quinzena de junho. As monções levaram a chuvas 25% acima da média no país asiático, podendo contribuir com a antecipação do plantio de cana.
Além disso, nossas estimativas apontam para a fixação de 88% no CS na safra 21/22 e de 29% para 22/23 do volume exportado. Consequentemente, o mercado fica sujeito a uma maior volatilidade, respondendo com mais intensidade às decisões de especuladores, e há uma tendência de manutenção dos preços no mercado físico apreciados, dada a menor disponibilidade para esta modalidade em meio à menor produção do CS. O indicador CEPEA/Esalq fechou ontem em R$ 116,89/sc, enquanto negócios no spot de SP ficam em torno de R$ 110/sc (até 200 ic) - ambos acima do equivalente de exportação de R$ 105/sc.
Dólar
Fechamento (14/jun): R$ 5,0623 (-1,09%)
Viés do dia: Misto
Suporte: R$ 5,00
Resistência: R$ 5,15
Dollar Index: 90,549 (+0,03%)
No embalo de ambientes externo e interno favoráveis à tomada de risco, o real recuperou as perdas da última sexta-feira e encerrou o dia com os maiores ganhos contra o dólar dentre as principais moedas emergentes. No ano passado, a moeda brasileira apresentou um dos piores desempenhos no mundo (-22,5%), o que a coloca como um ativo de potencial apreciação, caso o cenário interno seja de continuidade de alta dos juros e avanço de reformas.
Ontem, as bolsas de NY SP&500 e Nasdaq bateram novos recordes e o Ibovespa voltou a tocar os 131 mil pts na máxima do dia. Os juros de longo-prazo nos EUA alcançaram o menor patamar em 3 meses, 1,5%, incentivando a tomada de risco. Por aqui, destaque para a antecipação do calendário de vacinação no estado de SP, contribuindo com a visão de maior avanço da atividade econômica, que subiu 0,44% em abril de acordo com o IBC-BR (abaixo das expectativas de 1,3%, mas, ainda assim, positivo). Entretanto, chamamos a atenção para as declarações do ministro da economia Pauli Guedes de provável extensão do auxílio emergencial até outubro, o que mantém a questão fiscal sobre pressão.
Hoje, teremos importantes indicadores nos EUA às 9h30, IPP (índice de preços ao produtor) e vendas no varejo. Portanto, novas sinalizações referente à inflação e atividade econômica devem mexer com as expectativas dos agentes para a decisão de política monetária a ser anunciada amanhã nos EUA. Amanhã também teremos decisão da Selic pelo Copom no Brasil, o que também deve trazer cautela às negociações de hoje.
Fonte: StoneX