(15/06/22) StoneX: Açúcar & Etanol

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(15/06/22) StoneX: Açúcar & Etanol

15/06/2022

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Fechamento SBN22 (14/06): 18,70 c/lb (- 1 pt)
Viés do dia: Baixista
Suporte: 18,44 / 18,07
Resistência: 19,00 e 19,23
Neste momento SBN22: 18,62 (- 8 pts)

 

Os futuros de açúcar tiveram baixa movimentação nesta terça-feira, com fechamentos mistos nas bolsas de NY e Londres. O mercado segue em compasso de espera para a decisão de política monetária do FED nesta quarta-feira, que poderá ainda manter tom de cautela no dia de hoje. No mercado interno de açúcar destacamos a queda do indicador CEPEA Esalq para o açúcar cristal, para R$ 126,71/sc (-0,48%), configurando o menor valor desde ago/21.NY. 
 

 

Os holofotes estiveram novamente voltados para as mudanças na tributação dos combustíveis. Na segunda-feira o Senado aprovou o PLP 18, que na prática deve limitar o ICMS da gasolina a 17%, além de zerar os impostos federais da gasolina e do etanol até dezembro. O texto volta para apreciação da Câmara na Semana que vem.
 

Nesta terça-feira foi a vez da aprovação no Senado da PEC 15/2022 (PEC dos biocombustíveis), que prevê garantir a competitividade dos biocombustíveis por 20 anos. A proposta prevê que os impostos do etanol guardem no máximo a mesma proporção em relação a gasolina do que se tinha em 15-mai (lei complementar ainda pode trazer mais novidades). Sem muitas delongas, na prática o ICMS do hidratado em SP poderia cair para teto de 9,04% (considerando 17% da gasolina).
 

Em cenário de redução proporcional do ICMS em SP e impostos federais zerados, o preço do hidratado sem impostos poderia passar de R$ 3,14/l (18,84 c/lb) para R$ 2,70/l (16,50 c/lb), o que explica o enfraquecimento dos mercados de açúcar e etanol.
 

Enquanto isso, o governo trabalha para impedir aumento do preço dos combustíveis pela Petrobras, que a empresa estaria planejando para esta semana, de 9% na gasolina e de 11% no diesel (cálculos StoneX apontam para defasagem de 10,4% e 23,1%, respectivamente). Um aumento da gasolina poderia anular grande parte da piora da competitividade do etanol.
 

 

Câmbio 
Fechamento USDBRL (14/jun): 5,1168 (unch)
Viés do dia: Misto
Suporte: 5,09 / 5,05 / 4,99
Resistência: 5,15 / 5,22
Dollar Index: 105,0620 (-0,02%)

 

Em nova sessão de força global do dólar – evidenciada pelo DXY novamente renovando suas máximas em quase 20 anos – com agentes ao redor do globo precificando um choque monetário do FED hoje, o real foi um dos ativos mais resilientes nesta terça-feira e fechou estável contra o par americano. 
 

Nos EUA, a grande expectativa evidentemente é pelo anúncio da decisão de Política Monetária do FOMC hoje, às 15h. Se até o final da semana passada um aumento de 0,50pp era dado como certo neste encontro, a divulgação do CPI muito acima do esperado virou a mesa e o mercado já passa a apostar, com mais de 90% de chance, num aumento mais severo, de 0,75pp. Caso ocorra, esse será o movimento mais brusco do comitê em uma única reunião desde novembro de 1994; por outro lado, caso o FED siga sendo gradualista e acomodatício como no histórico recente e como gosta seu Presidente, Jay Powell, um aumento de “apenas” 0,50pp pode vir a reverter os sinais da moeda americana e pressioná-la para baixo.
 

No Brasil, a aprovação no Senado do projeto de lei que fixa teto de 17% para o ICMS sobre energia e combustíveis, apesar das dúvidas geradas no âmbito fiscal, tem passado aos agentes a noção de que os índices inflacionários brasileiros devem desacelerar daqui em diante. Ainda neste tema, e complementando a “Super Quarta”, teremos hoje também a decisão do COPOM quanto à Selic, com as expectativas do mercado amplamente depositadas sobre um aumento de 0,50 ppt.
 

Hoje, bolsas asiáticas operaram sem um viés claro, enquanto índices europeus têm sinal positivo e o DXY sofre forte correção, com o mercado devolvendo boa parte do movimento adiantado de ontem no aguardo do FED. Além da decisão de juros e projeções econômicas da instituição as 15h, outro ponto alto da sessão deve ser a coletiva de Powell às 15:30h, que deve dar ao mercado o termômetro de como serão os passos da autoridade monetária e, principalmente, se o Quantitative Tightening será acelerado ou mantido no ritmo previamente comunicado.
 

 

Fonte: StoneX

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