Fechamento SBV21 (14/jul): 16,93 c/lb (-15 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 16,70
Resistência: 17,40
Neste momento SBV21: 16,99 (+6 pts)
O NY#11 registrou baixas ao longo de toda sua curva futura nesta quarta-feira, em uma sessão marcada por um ambiente macroeconômico misto, com quedas nos futuros do petróleo e o real se apreciando fortemente ante o dólar. O mercado chegou às máximas (17,25 c/lb) após a divulgação de notícias altistas na Índia, mas acabou cedendo ao longo da sessão.
Na Índia, a ISMA divulgou suas perspectivas preliminares de safra para o ciclo 21/22: com condições climáticas favoráveis, o país deve produzir cerca de 34,4 MMT de açúcar, sendo que a grande novidade seria a diversificação de 3,4 MMT para a produção de etanol (volume 36% acima do esperado). O aumento da produção do biocombustível vem em meio à necessidade do país de atingir suas metas de utilização deste, e manteriam a produção de açúcar quase inalterada em relação ao atual ciclo (31 MMT em 21/22 vs 30,9 MMT em 20/21), fato que poderia trazer algum aperto no balanço global de O&D.
No cenário dos combustíveis, as quedas nos futuros do petróleo supracitadas vieram em meio ao fim do impasse dos UAE com a Opep+, que permite ao país o aumento de sua produção em 2022 e abre espaço para que outros membros possam exigir o mesmo em breve, além de um relatório do DOE baixista nos EUA. No Brasil, o etanol hidratado segue sustentado no cenário de baixa liquidez, com pedidas ao redor dos R$ 3,60 e realizações pontuais alguns centavos abaixo desse patamar (StoneX PVU, RP-SP).
Câmbio
Fechamento (14/jul): R$ 5,0727 (-1,76%)
Viés do dia: Misto
Suporte: R$ 5,00
Resistência: R$ 5,17
Dollar Index: 92,463 (+0,06%)
Diante de recepções positivas do mercado à mudanças na reforma tributária, e principalmente alívio global após falas do presidente do FED, o dólar registrou sua maior queda diária ante o real desde o fim de março. A divisa operou em baixa durante praticamente toda a sessão, encerrando próxima à mínima intradiária (R$ 5,0676).
Nos Estados Unidos, apesar do IPP de Junho ter vindo acima do esperado (1% ante expectativa de 0,6%), acumulando um avanço anual de 7,3%, maior taxa já registrada pela série histórica desde 2010, Jerome Powell segue com um discurso dovish: o chairman do FED afirma que o mercado de trabalho americano encontra-se 7,5 milhões de postos aquém do nível desejado. Além disso, ele seguiu afirmando que a pressão inflacionária vem da reabertura econômica e deve ser transitória, e que a diminuição da injeção de liquidez do Fed “está longe de acontecer”, fato que enfraqueceu o dólar globalmente na sessão.
No Brasil, diante de um cenário político relativamente mais calmo, as mudanças no texto da reforma tributária, com redução na carga de IR para empresas, foi bem recebida pelos agentes, causando maior euforia no ambiente interno e amplificando o movimento global no mercado cambial.
Hoje no calendário, teremos dados de atividade industrial americana e pedidos iniciais por seguro-desemprego, que podem influenciar no novo depoimento de Jerome Powell, dessa vez no Senado americano, fator que deve ser novamente de influência sobre o câmbio. Mercados na Europa e nos EUA amanhecem em leve queda, à medida que se digerem as falas de ontem de Powell e aguarda-se o discurso de hoje.
Fonte: StoneX