(15/07/22) StoneX: Açúcar & Etanol

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(15/07/22) StoneX: Açúcar & Etanol

15/07/2022

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Fechamento SBV22 (14/07): 18,97 c/lb (-17 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 18,80 / 18,45
Resistência: 19,33 /19,52

Neste momento SBV2 19,05 (+8 pts)

 

O açúcar NY voltou a retrair no pregão de ontem, após ter negociado nas máximas de um mês e meio no meio da semana. Os movimentos tanto do petróleo que chegou a beliscar a mínima desde fev-22 a $94,50/barril, quanto a alta do dólar que chegou a testar a máxima desde jan-22 a 5,49 foram gatilhos de pressão baixista para o adoçante, sendo ambos os ativos com maior influência macro no momento.

 

O contrato de agosto do Londres que expira hoje subiu $7,40 no pregão de ontem, aproximando das máximas testadas no início do mês e antes disso apenas em 2016, sob influência dos prêmios elevados e demanda física. A quantidade de contratos em aberto no Ago-22 está três vezes maior que no mesmo período para o Ago-21 e deveremos ver a batalha da entrega no pregão de hoje, porém, com maior possibilidade de entrega de volume abaixo dos 200 mil ton, bem inferior às últimas 4 entregas do Londres.

 

O prêmio do branco voltou a negociar novamente nas máximas históricas, tanto em dólar quanto em reais. O prêmio Out-Out chegou a trabalhar acima dos $134/t, cotado pouco acima dos R$ 730,00/ton. Fator este de grande incentivo ao refino e aumento de demanda pelo demerara, o que deverá segurar baixas tão intensas do NY no curto prazo.

 

Ontem pela manhã a StoneX divulgou sua nova estimativa de safra para o CS-Br e saldo global de açúcar. Nossas expectativas para o CS-Br ainda são de boa recuperação na moagem para 557 mmt (+6,6%) e mix açucareiro levemente abaixo do ciclo 2021-22 a 44,8%, seguido de um ATR menor de 139,9 kg/t (-2,1%), derivando assim numa produção de 33,3 mmt de açúcar e 25,3 mm3 de etanol. Para o saldo global, reduzimos nossa estimativa de superávit de +0,9 para +0,1 mmt no ciclo 2021/22 e de +4,1 para 3,3 mmt para 2022-23. Neste cenário, continuamos a acreditar num alívio do tradeflow mundial de açúcar no curto e médio prazo.

 

O petróleo amanheceu recuperando para cima de $101/barril com alta de 2,4% no Brent Set-22 em meio à expectativa de não aumento da produção de petróleo saudita e digerindo as indicações de política monetária americana menos agressivas nas altas dos juros. Tal cenário deverá ditar o comportamento do NY no pregão de hoje.

 

Câmbio

Fechamento (14/jul): 5,4248 (+0,60%)
Viés do dia: Misto
Suporte: 5,35
Resistência: 5,49 e 5,55

Dollar Index: 108,175 (-0,21%)

 

Em um movimento generalizado de força global da divisa americana, o dólar seguiu renovando suas máximas desde janeiro e se aproximou muito da marca dos 5,50 na máxima intradiária (R$ 5,4888), enquanto os mercados digeriam os dados de inflação americana e a possibilidade de alta de 1pp na taxa de juros do país. Também nesta quinta, o par USDEUR seguiu renovando suas máximas nas últimas duas décadas, por consequência levando o Dollar Index à fazer o mesmo.

 

O movimento arrefeceu ontem após membros do FOMC, incluindo o tradicionalmente hawkish Christopher Waller, declararem que o aumento de 0,75 pp é mais provável. Apesar de ser um choque bem grande de alta de 1,5pp em apenas dois meses (o último aumento desta magnitude demorou 18 meses para concluir-se), a menor probabilidade do choque ser ainda maior trouxe certo alívio aos mercados que devolveram boa parte dos ganhos.

 

Na agenda econômica, os holofotes da sessão devem seguir voltados aos EUA, com indicadores econômicos como Vendas no Varejo e Produção Industrial (às 9:30 e 10:15, respectivamente), além de pronunciamentos dos membros do FOMC Rafael Bostic e James Bullard também pela manhã, que podem trazer volatilidade ao mercado caso ponham novamente sobre o prato a possibilidade de +1pp de juros ou tragam alívio afastando-a.

 

Fonte: StoneX

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