Fechamento SBH22 (14/dez): 19,65 c/lb (+ 1 pts)
Viés do dia: Baixista
Suporte: 19,50 e 19,20
Resistência: 19,90
Neste momento SBH22: 19,43 (- 2 pts)
Na terça-feira, o mercado de açúcar fechou em equilíbrio, apresentando continuídade ao movimento lateral dos últimos meses e sem muitas novidades no campo dos fundamentos. Já hoje, o mercado amanhece em queda cotado 19,44 c/lb.
A Organização Mundial do Comércio (OMC) se reuniu nessa terça acerca do caso apresentado à eles em 2019 sobre o alto nível de subsídio na produção de cana de açúcar na Índia, o painel solicitou o cumprimento das regras globais à Nova Délhi. A Índia deve apresentar aumento na produção de etanol para controlar os excedentes de açúcar, reduzindo a necessidade de subsídios às exportações de açúcar.
A primeira quinzena de dezembro apresentou baixos níveis de chuva no Centro-Sul em relação aos volumes históricos, entretanto, ao observar o período desde outubro até agora temos um volume acumulado de 354,5 mm e perspectiva de aumento das chuvas para a segunda quinzena deste mês, apresentando um potencial de recuperação frente a seca da safra passada. Tais perspectivas devem ser levadas em consideração como um fator de manutenção da resistência de 19,90 - 20,20 c/lb.
A ESALQ vem apresentando certa lateralidade, desde o começo de novembro temos um mercado estável no físico ao redor de R$ 144 com paridade de exportação do NY#11 em R$ 136,13, apresentando baixa liquidez.
Enquanto isso, o mercado físico de etanol hidratado apresentou uma leve alta, encerrando em R$ 4,10/L (PVU com impostos). Ontem ocorreu o reajuste na gasolina da Petrobras de R$ -0,0958/L, tal alteração entra em vigor hoje e pode impactar nos valores dos combustíveis criando resistência para altas mais expressivas do biocombustível num primeiro momento.
Essa semana, devemos ter a divulgação da UNICA acerca da segunda quinzena de novembro.
Câmbio
Fechamento (14/dez): 5,6897 (+0,24%)
Viés do dia: Misto
Suporte: 5,57
Resistência: 5,75
Dollar Index: 96,48 (-0,09%)
O dólar encerrou a última sessão com a quarta alta consecutiva, alcançando a máxima desde abril deste ano. Apesar de iniciar o dia em queda e alcançar a mínima de R$ 5,6190 após intervenções do Banco Central com o leilão de swaps cambiais, o dólar retomou força globalmente com as expectativas da decisão do Fed e a nota de crédito soberano para o Brasil apontado como BB- pela Fitch Ratings, indicando o risco fiscal, a inflação e a volatilidade do real como fatores de risco para os investimentos no país em 2022.
No Brasil, a divulgação da ata da última reunião do COPOM apontou a preocupação com o risco de desancoragem das expectativas para o longo prazo, com projeções da inflação acima da meta para 2022 e 2023; desta forma, o Banco Central reafirma a perspectiva do aperto monetário para as próximas sessão, com a Selic alcançando 10,75% já na próxima reunião (1 e 2 de fevereiro).
Ainda no Brasil, o dia hoje deve ser marcado pelo acompanhamento da apreciação da PEC dos precatórios. Na última sessão, a Câmara aprovou uma parte da proposta, mas ainda é necessário votar as alterações e encaminhar ao Senado para aprovação final. Também devemos ver impactos com a divulgação do IBC-Br, indicador do Banco Central a respeito do nível de atividade econômica e considerado uma prévia do PIB.
No cenário externo, hoje o anúncio do Fed à respeito da decisão de sua política monetária deve ser o principal ponto de atenção para os mercados no mundo. Com a aceleração da inflação nos EUA, a expectativa é de que a autoridade monetária apresente um tom mais hawkish (favorável a arrocho monetário) em suas decisões; de acordo com as últimas falas de seu Presidente, é bem provável que a instituição anuncie a aceleração da retirada dos estímulos (tapering), mas que a taxa de juros básica se mantenha inalterada no momento. A decisão será divulgada às 16:00.
Fonte: StoneX