Fechamento SBK21 (15/mar): 16,12 c/lb (-1 pt)
Viés do dia: Misto
Neste momento SBK21: 16,13 (+1 pt)
Na segunda-feira, o NY#11 manteve movimentação lateral, fechando praticamente estável. O contrato contínuo operou dentro do intervalo de 15,91-16,28, não tendo força para se afastar dos 16,00 c/lb. Novidades no campo dos fundamentos são necessárias para um direcionamento mais claro das cotações.
Até o momento, fatores altistas, tais como a elevada precificação do açúcar no CS - que se encontra em 71,7% e 20,5% nas safras 21/22 e 22/23, respectivamente, de acordo com nossas últimas estimativas -, menor produção em importantes players e dificuldades logísticas na Índia e possivelmente no Brasil são contrabalanceados pela expectativa de recuperação da produção na Europa e Tailândia a partir do 2° semestre, e produção volumosa na Índia.
No cenário macro, expectativas inflacionárias oferecem influências mistas para o açúcar à medida que o aumento da inflação tende a elevar o apetite de investidores por ativos físicos, como commodities, para proteção do poder de compra. Por outro lado, aumenta-se a pressão sobre o real, o que mantém o câmbio brasileiro bastante depreciado e exerce pressão sobre o açúcar.
Por fim, vale destacar que a paridade do etanol e gasolina nas bombas de SP voltou a se posicionar acima de 75% pela 2ª semana consecutiva. Contudo, o recuo do preço nas usinas somado a uma recuperação nas margens de distribuição e revenda sugerem um teto para a paridade nos postos, o que pode voltar a favorecer o consumo do etanol em detrimento da gasolina e oferecer certo suporte aos preços do biocombustível mesmo com o início da safra.
Dólar
Fechamento (15/mar): R$ 5,6174 (+1,12%)
Viés do dia: Misto
Suporte: 5,53
Resistência: 5,80
Dollar Index: 91,761 (-0,08%)
Ontem, o dólar voltou a se apreciar em relação ao real. A taxa de câmbio atingiu máxima de R$ 5,6552, mas cedeu um pouco após intervenção do Bacen, que injetou US$ 500 milhões em swaps cambiais e mais US$ 1 bilhão no mercado spot. Tamanha injeção não foi suficiente para segurar a alta, já que a tensão pré-reunião do Copom toma conta do mercado. A distribuição de elevados dividendos da Vale também pode ter gerado uma pressão vendedora do real, já que 55% da companhia está na mão de estrangeiros.
Quanto à reunião do Copom, espera-se o início de um novo ciclo de alta da Selic, mas o mercado deve se atentar ao tom adotado na decisão. Por mais que o cenário recessivo bata à porta por mais um ano no país, sugerindo uma política monetária mais expansionista, a crescente alta de juros de longo-prazo dos EUA e aumento das expectativas de inflação no Brasil para 4,6% em 2021, motivada por um câmbio bastante depreciado, demandam uma ação da autoridade monetária a fim de evitar a saída de mais capital estrangeiro do país. Um tom mais duro quanto às reformas também deve ser adotado, já que o ajuste fiscal proposto pela PEC Emergencial é insuficiente, apesar de ser o principal fator de alta do dólar.
Assim, não devemos ver grandes movimentos no câmbio até que a incerteza em relação ao anúncio do BC deixe de ser precificada. Hoje, o mercado também se atenta à divulgação das vendas no varejo dos EUA às 9:30.
Fonte: StoneX