Fechamento SBN22 (13/maio): 19,17 (+ 53 pts) c/lb
Viés do dia: Alta
Suporte: 18,92 e 18,71
Resistência: 19,54 e 19,87
Neste momento SBN22: 19,40 (+ 23 pts)
Sexta-feira, o mercado encerrou com forte alta acompanhando os ganhos do petróleo e digerindo o cenário menos otimista quanto ao mix açucareiro do Centro-Sul. Nessa manhã, o adoçante dá continuidade na valorização da semana passada em decorrência de baixas temperaturas vindo para no Sudeste trazendo novamente a possibilidade de impactos de geadas na região canavieira.
De acordo com o GFS-NOOA é previsto para a semana toda um frente fria no Centro-Sul, com temperaturas baixas atingindo mais áreas produtoras de cana-de-açúcar. A previsão de frio mais intenso, com alta probabilidade de geadas, é entre quarta e quinta-feira. Além disso, em relação ao nível de precipitação na região do CS é esperado um maio mais seco, com projeção de recuo de 10 mm no volume de chuvas em relação à semana passada.
Na sexta, o cenário internacional encerrou com a retomada das discussões do G7 sobre o estabelecimento de um acordo de bloqueio do petróleo e derivados russos que aqueceu o mercado. Nesse final de semana, o Presidente da Finlândia se encontrou com Putin acerca do desejo de entrada na OTAN em que reafirmou a quebra do padrão de nação neutra. Após o encontro a Rússia interrompeu o envio de energia elétrica ao país e a Finlândia solicitou a adesão oficial à OTAN e hoje é esperado o criação da solicitação de adesão da Suécia.
Na última semana, os preços do etanol hidratado e anidro seguiram o movimento de retração registrado após quarta-feira, precificado em R$ 4,00 e R$ 4,05 (PVU Ribeirão Preto). A ANP divulgou o valor da gasolina e etanol nas bombas no Estado de São Paulo, com registro de leve recuo do biocombustível, precificados a 6,94 e 5,04,respectivamente, configurando paridade de 72,73%. Destaca-se que até a sexta-feira, após registro de avanço do preço do petróleo, a gasolina apresentou aumento no espaço de reajuste da Petrobras de R$ 0,4708, o que poderá segurar recuo mais intensos nos preços em meio ao avanço da safra.
Câmbio
Fechamento (13/mai): 5,0604 (-1,45%)
Viés do dia: misto
Suporte: 4,96
Resistência: 5,20
Dollar Index: 104,5300 (-0,03%)
Na sexta-feira, o dólar interrompeu a sequência de altas, resultando em um fechamento semanal de -0,35%, com o real despontando dentre outras divisas emergentes. O movimento refletiu a melhora do apetite por risco internacionalmente, impactando na apreciação de diversas commodities e suportando o real durante a sessão.
Na perspectiva Norte Americana, comentários sobre um posicionamento menos agressivo na elevação dos juros por parte dos dirigentes do Fed promoveram um cenário mais atrativo para ativos de risco na última sessão. Por outro lado, a recuperação do real ainda deve mostrar forte correlação com a situação econômica nos EUA, com o risco de estagflação ainda pairando aparecendo consideravelmente no radar. Ainda hoje, em uma agenda discreta de indicadores, teremos a divulgação do Índice Empire State de Atividade Econômica, em Nova York, devendo trazer novas perspectivas para o desenvolvimento industrial da maior cidade do país.
Hoje, mercados asiáticos encerraram sem viés definido ao passo que bolsas europeias acumulam altas e futuros americanos operam sem direção definida ao início da sessão. Vale notar que apesar da recuperação pontual nos mercados, a contínua divulgação de dados chineses decepcionantes ainda deve despontar como considerável ponto de pressão aos mercados de forma geral. Isso, somado ao contexto de elevação dos juros e desaceleração econômica ainda podem voltar a pesar contra o real no medio prazo.
Fonte: StoneX