Fechamento SBN22 (16/maio): 19,68 (+ 51 pts) c/lb
Viés do dia: Misto
Suporte: 19,41 e 19,20
Resistência: 19,83 e 19,97
Neste momento SBN22: 19,63 (- 5 pts)
Ontem, o mercado encerrou em alta influenciada pela especulação acerca de previsão de geadas no Centro-Sul do Brasil com possibilidade de queda no nível de produtividade diante do risco de atraso/interrupção da moagem. Nessa manhã, o adoçante inicia próximo ao equilíbrio, sustentado altas recentes, suportado pelo mesmo fator e alta do petróleo Brent.
Segundo DOE, os estoques de petróleo nos EUA seguem operando abaixo da média de 10 anos, apesar da utilização da capacidade produtiva das refinarias estar acima dos 90%. A dificuldade de retomar os níveis normais de reservas ocorre devido aumento acelerado do consumo da commodity e impactos negativos da alta inflação estadunidense. Soma-se a esse fator, a instabilidade nos preços e abastecimento de petróleo e seus derivados com a Guerra no Leste Europeu, tem-se o aumento desenfreado da gasolina e diesel nas bombas dos EUA, que na última sexta registraram maiores máximas históricas. No momento, com a aproximação do verão, “Driving Season”, o país fica em alerta com o possível aumento do consumo nesse cenário de baixos estoques e preços já elevados.
O risco de geada é o principal fator altista nos preços do açúcar desde a semana passada, apresentando possibilidade de atraso da moagem caso seja um evento intenso e extenso. Entretanto, a nocividade da geada para as lavouras dependerão da intensidade do frio e da duração e da fase que se encontra o canavial. Caso a cana esteja no momento de colheita e a geada for de curto prazo, esta pode ser benéfica para o teor de sacarose, aumentando os níveis de ATR. Se a cana estiver próxima da colheita, a perda de produtividade pode ser leve; e o pior cenário é quando a cana ainda não cresceu, e a geada elimina o broto.
A especulação do mercado tende a querer antecipar o cenário mais extremo, que mais influenciaria preços. Por isso é importante acompanhar atualizações das previsões pra saber se o demerara sustentará esses níveis ou se será disparado gatilhos de realização.
Câmbio
Fechamento (16/mai): 5,0501 (-0,12%)
Viés do dia: misto/baixista
Suporte: 4,94
Resistência: 5,12
Dollar Index: 104,1380 (-0,36%)
Emendando a segunda sessão de queda consecutiva, o dólar encerrou com leve depreciação no cenário internacional, repercutindo um exterior mais adepto ao risco e a valorização de commodities durante a sessão. Tal movimentação, que também foi vista contra o real, refletiu o alívio quanto a perspectiva de um aperto monetário mais agressivo nos EUA após comentários de dirigentes do Fed.
Na perspectiva Norte Americana, a última sessão foi marcada pela diminuição do tom quanto ao grau do aperto monetário no país por dirigentes distritais do Fed, indo ao encontro do posicionamento de seu presidente, James Bullard. Tais comentários, além de aliviarem as recorrentes altas da moeda americana, também ressaltam da expectativa de uma alta de 0,5 p.p. na taxa de juros local. Quanto aos indicadores econômicos, ainda hoje teremos a divulgação de Vendas no Varejo (9h30) e Produção Industrial (10h15), ambos devendo mostrar o nível de atividade econômica no país e possivelmente impactando a taxa de cambio no decorrer da sessão.
Na sessão de hoje, o dia abriu positivo para ativos de risco e mercados asiáticos encerraram majoritariamente em alta, enquanto bolsas europeias e índices norte-americanos operam com consideráveis altas após a sessão de forte volatilidade ontem. O dia de hoje também deve ser marcado por um forte interesse dos investidores, com discursos de Lagarde (15h30) e Powell (15h) a respeito do panorama da inflação na União Europeia e EUA e, possivelmente, trazendo novas perspectivas para o combate da mesma em cada região e impactando outras divisas a partir de então.
Fonte: StoneX