Fechamento SBV21 (16/ago): 20,03 c/lb (+8 pts)
Viés do dia: Altista
Suporte: 19,92
Resistência: 20,50
Neste momento SBV21: 20,30 (+27 pts)
O ímpeto altista do NY#11 se fez presente na sessão de ontem, com o contrato Out'21 encontrando força para encerrar o dia acima dos 20 c/lb pela primeira vez. Mesmo com os indicadores técnicos RSI de 9 e 14 dias apontando para um mercado sobrecomprado – marcando 77,36 e 72,08, respectivamente - o mercado já engata novas altas hoje pela manhã e renova máximas, com o Out'21 já tendo atingido 20,37 c/lb.
Fundamentos oferecem suporte à compra de specs, dificultando previsões de um teto para os preços antes de alguma correção. Conforme comentado, a frustação quanto à moagem no Centro-Sul forçou a recompra por parte de muitas usinas, o que nos leva a uma situação de muitos compradores (somando a parcela de specs) para um número reduzido de vendedores. Resta saber se preços tão elevados vão manter a expectativa de maior produção de etanol na Índia ou se incrementarão a produção do açúcar em 2021/22 (out-set). Por hora, 800 mil t indianas já foram contratadas para exportação na próxima safra.
No mercado de energia, a tomada de poder do Talibã no Afeganistão vem trazendo aversão ao risco no mercado de petróleo, que registrou queda de 1,5% ontem e estende as perdas hoje. O mercado ainda acompanha a evolução da variante delta da Covid-19 para medir o crescimento da economia mundial. Poucos negócios de etanol vêm sendo registrados, com o indicador StoneX em R$ 3,82 para o hidratado (PVU em RP/SP, com impostos).
Câmbio
Fechamento (16/ago): R$ 5,2602 (+0,22%)
Viés do dia: Misto
Suporte: R$ 5,16
Resistência: R$ 5,30
Dollar Index: 92,748 (+0,13%)
Iniciamos mais uma semana de cautela nos mercados, à medida que a variante delta volta a oferecer riscos à retomada econômica. Números menores do que o esperado de vendas no varejo (+8,5% vs. 11,5%) e da produção industrial (+6,4% vs. 7,8%) na China, bem como expectativas de possível reversão de estímulos do FED nos EUA, acentuaram o enfraquecimento do real, que já vem se desvalorizando devido aos crescentes riscos fiscais - o que levou a moeda americana a se aproximar da importante resistência de R$ 5,30 na máxima de ontem.
No cenário externo, parece pouco provável a materialização de uma política mais contracionista pelo FED justamente quando o risco da variante delta volta ao radar como uma ameaça à retomada econômica. Indicador de vendas de varejo nos EUA hoje às 9h30, seguido por discurso de Jerome Powell, às 14h30, devem dar mais indicações quanto a isso, amenizando as incertezas dos agentes. Por sua vez, impactos nas relações geopolíticas da tomada de poder do Talibã entram no radar, contribuindo para queda das bolsas americanas nesta manhã.
No Brasil, a perspectiva é um pouco mais pessimista. Juros de longo-prazo acenam para inflação crescendo acima da meta e piora do risco fiscal, com DI de 10 anos em 10,50%. A escalada de juros oferece resistência ao dólar ao aumentar a remuneração dos títulos brasileiros frente ao exterior, mas também representa a percepção de aumento do risco-país. Logo, o avanço de reformas é fundamental para ancorar as expectativas dos agentes, sendo importante nos atentarmos à provável votação da reforma do IR hoje na Câmara.
Fonte: StoneX