Fechamento SBV22 (16/08): 18,27 c/lb (- 27 pts)
Viés do dia: Misto/baixista
Suporte: 18,00 / 17,60
Resistência: 18,66 / 19,00
Neste momento SBV22: 18,16 (-11 pts)
Em linha com boa parte das commodities, o açúcar teve uma sessão de baixa em NY ontem, pressionado principalmente pelo ambiente macroeconômico. Os dados do setor de construção dos EUA e mercado de trabalho europeu reforçam os temores quanto à desaceleração mundial e seguem pesando sobre os preços do barril do petróleo, que encerrou a sessão ontem no menor patamar desde o início do ano.
Além disso, a redução no preço da gasolina A pela Petrobras, que entrou em vigor ontem, também contribui com pressão ao NY. Os negócios na região de Ribeirão Preto ontem giraram na média de R$ 2,90/l (PVU com impostos), equivalente a cerca de 15,80 c/lb base NY, consequência tanto do menor interesse das distribuidoras, que tem procurado o mercado de forma pontual, como da pressão de tancagem no caso de algumas unidades produtoras. Contudo, vale ressaltar que, nesse patamar de preços, a paridade nas bombas de SP teria potencial para chegar perto de 66% nas próximas semanas, o que poderia contribuir com a migração do consumo da gasolina para o etanol hidratado e oferecer suporte aos preços pelos próximos meses.
Falando em suporte, voltamos a destacar o movimento do spread V2-H3, que continua em trajetória de alta, vindo de -0,40 em meados de junho para uma inversão de 2 pontos ontem. O movimento reflete uma demanda de curto prazo mais robusta, evidenciada pela recuperação nas exportações de julho, lineups ainda elevados nos portos de Santos, prêmios de exportação nas máximas dos últimos anos e prêmio do branco também em trajetória ascendente.
Por fim, chamamos a atenção para a previsão de queda expressiva na temperatura nos próximos dias, com expectativa de geada no sul, sudeste e centro-oeste do país nas manhãs de sexta (18) e sábado (19). As áreas com maiores chances de serem atingidas devem ficar restritas ao RS, SC e sul do PR, mas não está descartada a possibilidade de geada também nos estados de SP e MS.
Câmbio
Fechamento (16/ago): 5,14878 (+1,01%)
Viés do dia: Misto/Altista
Suporte: 5,05
Resistência: 5,24
Dollar Index: 106.5350 (+0,03%)
Na sessão de ontem tivemos o dólar operando em movimento de alta, que perdurou por grande parte da sessão, chegando a modestamente quebrar a barreira psicológica dos R$ 5,15 e encerrando as negociações próximo da máxima do dia. Tal movimento refletiu a persistência do mercado por ativos mais seguros a medida que ainda existem incertezas quanto a possibilidade de uma recessão mundial. Além disso, foi observado uma terceira queda consecutiva no Índice de Commodities, desfavorecendo o real.
Na agenda dos EUA de hoje, às 10:30 teremos o pronunciamento de um dos membros do FOMC e às 15:00 será divulgada a ata do último comitê seguida de outro discurso do mesmo membro às 15:20. Nos últimos dias, os membros do FED e do governo americano indicam não terem se contentado com a baixa inflação do mês passado e sinalizam que manterão uma política firme de combate à inflação. Desta forma, caso isso seja novamente confirmado haverá um fortalecimento dos suportes para um câmbio altista.
Nesta terça-feira iniciaram oficialmente as campanhas eleitorais no Brasil, de forma que o mercado deve se manter atento aos pronunciamentos dos candidatos à presidência, que serão votados no primeiro turno em 45 dias, e às manifestações populares que devem ocorrer durante esse período. Ademais, haverá a divulgação de IGP-10 às 8:00 com expectativa de queda de 0,63%, em linha com a deflação observada no IPCA.
No mercado futuro de câmbio, observou-se um aumento da demanda por opções de compra de dólar, indicando menor convicção do mercado de que o dólar se manterá nos patamares atuais pós-queda. Nesta manhã, as bolsas europeias operam em estabilidade e os futuros nos EUA possuem menor volume à espera da ata do FOMC. Já os principais mercados asiáticos operam todos em alta, com destaque ao Japão (+1,23%) que divulgou valores de exportação acima do esperado.
Fonte: StoneX