Fechamento SBV22 (15/07): 19,25 c/lb (+ 28 pts)
Viés do dia: Misto/Altista
Suporte: 19,61
Resistência: 19,05
Neste momento SBV22: 19,39 (+ 14 pts)
Na última sexta-feira, o açúcar bruto fechou em expressiva alta na bolsa de NY e deu continuidade ao seu movimento de recuperação de preços. Mais uma vez, o ímpeto altista contou com um bom humor do mercado internacional, que aumentou o apetite por ativos de risco na sessão. As médias móveis de longo prazo do contrato contínuo estão em 19,15, 18,96 e 18,93 (MM 90, 120 e 150 dias) e o movimento de recuperação acima dessas médias, que serviam também como resistência técnica, pode indicar uma restruturação de preços aos fundamentos de mercado de curto prazo que levaram o mercado a se fortalecer. Porém, ainda vale ficar atento ao termostato da macroeconomia e receios quanto a uma recessão que pode pressionar a saída de posições dos fundos em ativos como commodities.
O mercado mais fortalecido do branco, em meio a demanda aquecida e custos mais altos de refino, teve sexta-feira a expiração da tela Ago/22, que marcou alta no dia de 600 USD/ton, atingindo a máxima desde outubro de 2016. Os dados ainda não oficiais indicaram uma entrega de aprox. 226 mil tons, com os seguintes vendedores LDC (Tailândia) e Wilmar (Índia) e os receptores foram ED&F MAN e Sucres et Denrees. A menor entrega estava em linha com a estimativa de mercado, pois o trade-flow/comércio do refinado permanece apertado, evidenciado pela inversão do mercado na expiração em 39 dólares (Ago/Out).
Nesta manhã, o mercado de açúcar segue avançando na rampa de ambiente macroeconômico favorável, com o dólar cedendo na sessão (DXY – 0,60% aprox.) e petróleo avançando mais de 2%. O bom humor do mercado, com um dólar mais fraco, sobrepõe as preocupações com a recessão global e a perspectiva de bloqueios generalizados da COVID-19 na China no pregão de hoje.
Câmbio
Fechamento (15/07): 5,4079 (-0,31%)
Viés do dia: Misto/Baixista
Suporte: 5,35 e 5,27
Resistência: 5,47
Dollar Index: 107,23 (-0,77%)
O dólar fechou a sexta-feira em queda, mas ainda sem reverter a alta acumulada na semana, que levou o real ao pior desempenho dentre emergentes no período. A retomada do real na última sessão refletiu o otimismo dentre investidores para ativos de maior risco, repercutindo em diversos outros mercados além da divisa brasileira.
Após a aprovação da PEC dos Auxílios na última semana, o Congresso Nacional entrou de recesso até o início do mês de agosto, reduzindo o impacto de receios quanto ao risco político brasileiro sobre o câmbio e deixando o mercado de divisas à deriva do contexto intermacional - que também conta com agenda pouco movimentada nesta semana.
No calendário desta semana veremos a divulgação do IPC na União Europeia na terça e a decisão da taxa de juros da região na quarta-feira. Tais dados devem trazer novas perspectivas para o caminhar da inflação na região e provocar certa volatilidade, especialmente após o euro atingir a paridade com o dólar na última semana.
Índices asiáticos encerraram a sessão em alta, e os futuros americanos e bolsas europeias seguem a mesma doreção no início da sessão de hoje. O otimismo vem com a perspectiva de que o Fed será menos agressivo na elevação dos juros ao final de julho, mantendo o aumento na casa dos 0,75 p.p. Tal contexto pode trazer certo suporte aos mercados de maior risco e divisas emergentes, como o real.
Fonte: StoneX