Fechamento SBV21 (17/ago): 20,02 c/lb (+1 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 19,70
Resistência: 20,30
Neste momento SBV21: 20,16 (+14 pts)
Os futuros do demerara apresentaram comportamento misto na sessão de ontem: contratos entre Mar’22 até Maio’23 se valorizaram, enquanto os demais recuaram levemente. O contrato contínuo renovou sua máxima ainda pela manhã, atingindo 20,37 c/lb, para então encerrar em leve queda. Ainda que os indicadores apontem para um mercado sobrecomprado, as cotações se fortalecem nessa manhã, buscando os 20,20 c/lb.
No campos dos fundamentos, soma-se às preocupações com a safra corrente e seguinte no Centro-Sul brasileiro a notícia de que o governo indiano não considera implementar subsídios para a exportação de açúcar na safra 2021/22, que se iniciará em outubro. Tendo em vista o patamar atrativo do açúcar em NY e que exportações para a próxima safra estão sendo contratadas antecipadamente, considera-se que o incentivo não é necessário, o que pode fornecer suporte para as cotações em 2022.
No mercado doméstico, o indicador CEPEA/Esalq renovou sua máxima nominal histórica e encerrou à R$ 129,77/sc ontem. O movimento de alta observado em NY tem contribuído para o fortalecimento dos preços internos mesmo diante da demanda enfraquecida, visto que o equivalente de exportação do cristal encontra-se em R$ 125,93/sc. No mercado de combustíveis, destaque para o petróleo do tipo Brent, que emendou o 4º dia de queda ante expectativas de menor demanda devido ao avanço da variante delta da Covid-19, trajetória que, se mantida, pode limitar novas altas do etanol hidratado.
Câmbio
Fechamento (17/ago): R$ 5,268 (-0,2%)
Viés do dia: Misto
Suporte: R$ 5,20
Resistência: R$ 5,34
Dollar Index: 93,153 (+0,01%)
A sessão de terça-feira foi marcada por volatilidade, e o dólar encerrou em leve queda ante o real e encerrou próximo de sua média de 100 dias (R$ 5,2772) após buscar os 5,30. A aversão ao risco nos mercados internacionais se manteve, com acentuadas preocupações geopolíticas devido à ação do Talibã no Afeganistão e ao retorno de medidas restritivas como combate à variante delta da Covid. A moeda americana se fortaleceu ante outras divisas, com o dollar index avançando 0,6% no dia.
No exterior, dados piores do que o esperado das vendas no varejo americano (-1,1% vs -0,2%) corroboraram com estes temores. Ainda, o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que não está claro se a nova variante terá impactos na economia, de modo que as atenções devem estar voltadas para a divulgação da ata da última reunião do FOMC, hoje às 15h, a fim de se obter maiores detalhes sobre a postura da autoridade monetária.
No Brasil, o destaque foi o a fala do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que reforçou a necessidade de solidez nas contas públicas e novamente mostrou-se comprometido com a ancoragem das expectativas da inflação, o que contribuiu para a leve queda do spot. Ainda ontem, a votação da reforma do IR foi novamente retirada de pauta na Câmara dos Deputados, o que tensiona ainda mais o quadro fiscal e gera descontentamento quanto ao ritmo de aprovação das reformas.
Hoje, bolsas asiáticas avançam levemente enquanto as europeias e índices futuros americanos apresentam certo recuo. Por sua vez, o dollar index amanhece estável. Com a agenda de indicadores mais calma, as atenções estarão voltadas a ata do FOMC, que deve balizar a cautela no pregão de hoje.
Fonte: StoneX