Fechamento SBH22 (15/out): 19,80 c/lb (+21 pts)
Viés do dia: Misto/Baixista
Suporte: 19,40
Resistência: 20,08
Neste momento SBH22: 19,54 (- 26 pts)
Os futuros do demerara encerraram a semana em alta em NY, mas sem recuperar as perdas observadas na quinta-feira. O movimento encontrou suporte em um real mais valorizado e, principalmente, no fortalecimento do petróleo do tipo Brent, que tocou as máximas de três anos e encerrou à US$ 84,86/barril diante da perspectiva de retomada da demanda em descompasso com o ritmo de oferta.
De um lado, a recorrência do ciclo deficitário sustenta os movimentos de correção. Por outro lado, a demanda menos aquecida e a liquidação de posições compradas e realização de lucros dos specs tem impedido altas mais acentuadas e contribuindo para a movimentação lateral. O relatório do CFTC divulgado na última sexta e referente até terça-feira (12) evidencia está dinâmica, com especuladores tendo adicionado apenas 368 lotes ao seu saldo comprado, agora em 209.427 contratos, à espera de novos fundamentos.
Vale também destacar que também que expectativas de trade-flow mais apertado no curto-prazo parecem se desdobrar sobre o mercado, com o prêmio do branco atingindo patamares não vistos desde abril e encerrando à US$ 83,48/t. Ainda assim, o mercado de açúcar inicia a semana sem forças para manter o movimento de sexta feira, recuando mais de 1,50% em NY - e também em Londres - testando continuamente a resistência de 19,50 c/lb, mas ainda sem conseguir rompê-la, de modo que a movimentação lateral entre 19,40 - 20,40 c/lb pode se manter e, considerando o bom rendimento de chuvas no CS, algum rompimento para baixo dessa banda pode ser mais provável.
Câmbio
Fechamento (15/out): R$ 5,4608 (-0,94%)
Viés do dia: Misto
Suporte: R$ 5,41
Resistência: R$ 5,53
Dollar Index: 94,106 (+0,16%)
A última sexta-feira fechou a semana com queda do dólar ante o real, movimento marcado principalmente por ações internas do Banco Central durante toda semana.
No Brasil, o Banco Central realizou mais uma sessão para o leilão de swaps cambiais no valor de US$ 1 Bi, terceiro dia consecutivo deste tipo de intervenção por parte do BC. As falas do diretor de política monetária, Bruno Serra, e do presidente do BC, Roberto Campos Neto, apontaram para a garantia de intervenção do BC em possíveis falhas. Estas ações da instituição podem indicar o compromisso de realizar o aumento da taxa de juros de forma gradual, controlando o câmbio também através de outros mecanismos, o que conteve o dólar na última sessão.
Esta semana contará com a divulgação de poucos indicadores no cenário interno; ainda assim, questões como a PEC dos precatórios, programa Auxílio Brasil, extensão do auxílio emergencial, impactos no teto de gastos, crise hídrica e energética podem impactar o real. No exterior, índices industriais dos EUA podem indicar o nível do reaquecimento da atividade econômica no país; na Europa, a divulgação do IPC europeu (20) e o encontro da Cúpula de Líderes da UE (21), também apontarão o quadro do continente.
Hoje, bolsas asiáticas encerraram em leve queda após a divulgação do PIB chinês ser abaixo do esperado; os futuros americanos também inciam o dia em queda. Na agenda econômica, será divulgado o Boletim FOCUS no Brasil e, nos EUA, o indicador de produção industrial de setembro.
Fonte: StoneX