Fechamento SBH24 (17/10): 27,49 (+44 pontos)
Viés do dia: misto/altista
Suporte: 26,83 / 26,58
Resistência: 27,62
Cotação neste momento (SBH4): 27,56 (+7 pts)
O açúcar manteve-se em alta na terça-feira, vindo a fechar em NY em seu maior valor desde outubro de 2011, valendo 27,49 c/lb na primeira tela.
Naquele ano vínhamos acumulando seguidos déficits, a relação estoque uso global estava em 33% e o dólar negociava a R$ 1,75. Hoje estimamos essa relação em 39%, ou seja, bem mais confortável do que naquela época, ainda que relativamente apertada. O dólar ao redor dos R$ 5,00, ao favorecer o direcionamento da cana no Brasil para a produção do açúcar, se põe como fator decisivo para que os estoques estejam mais confortáveis. O Brasil está tirando açúcar de onde pode.
Justamente essa concentração da oferta, especificamente no Centro Sul tem trazido sustentação ao mercado. O mundo precisa do açúcar brasileiro e este tem se movido a passos mais lentos do que o necessário. Elevado tempo de espera nos portos, aumento do lineup e redução dos descontos, tradings ávidas por espaço e atrasando retiradas nas usinas, são alguns sintomas do problema logístico, agravado pelas chuvas.
Do ponto de vista técnico, temos resistência importante na região da máxima registrada em setembro, dos 27,62 c/lb - nível que já foi rompido esta manhã, com o mercado fazendo a máxima hoje em 27,67. A consolidação de um rompimento deixaria o açúcar mais vulnerável a novas altas. Correções baixistas podem encontrar suporte em 26,83 c/lb e ao redor de 26,60 c/lb.
No mercado de etanol destacamos que o hidratado continua sem forças para subir, negociado na casa dos R$ 2,60/l, mas com sinais de aquecimento da demanda, possivelmente em meio a recomposição de estoques após o feriadão da semana passada. Passado o pico de estoques, poderemos ter os preços ensaiando alta limitada.
Fonte: StoneX