Fechamento SBH22 (17/nov): 20,42 c/lb (+43 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 19,93 (MM de 10d)
Resistência: 20,61 e 20,94
Neste momento SBH22: 20,46 (+4 pts)
Apesar de um cenário macroeconômico relativamente desfavorável, com petróleo em queda e Dollar Index alcançando patamares máximos em meses, os futuros do NY#11 tiveram uma sessão movimentada (com mais de 120 mil lotes negociados pela primeira vez em várias sessões), com altas em boa parte de sua curva futura - movimento semelhante ao observado em outras commodities softs. O contínuo (SBH2) encerrou com alta superior à 2%, próximo à máxima do dia (20,51 c/lb).
Tal desempenho veio sem maiores mudanças nos fundamentos do adoçante, respondendo à um movimento mais técnico ou - mesmo ainda sendo um pouco cedo para afirmar - uma retomada da demanda; este último fato atraído por menores custos de frete e refletido na alta inversão das curvas tanto do #11 quanto do #5. O mercado agora deve ver resistências nos níveis do 20,61 c/lb (máxima intradiária atingida no último dia 11/10), e uma ainda mais firme nos 20,94 c/lb, vista no último dia 17/08 e máxima em quase 5 anos; ambos os níveis na parte superior do canal de alta traçado desde Abril do ano passado.
Em contrapartida, a ISMA divulgou que os produtores da Índia já tem 2,5 MMT de açúcar para exportação contratados agora no ciclo atual. No primeiro acompanhamento de safra de 21/22, a associação reforçou a produção prevista de 30,5 MMT de açúcar, com um excedente exportável de aproximadamente 6 MMT (vale lembrar que a StoneX estima uma produção de 31,5 MMT); tal capacidade de fornecer produto no mercado internacional mesmo sem subsídios por parte dos indianos pode suprir certo limitante para as altas, ao que passo que, ambiguamente, o mercado possa buscar altos níveis justamente para atrair o produto após as recentes elevações do preço do etanol no mercado interno local.
Apesar de estoques em baixa nos EUA, o principal driver da sessão de combustíveis foi o ofício enviado pelo presidente Biden à secretária nacional do comércio questionando o por quê de os preços dos derivados nas bombas não baixar; o Brent chegou a romper o suporte dos US$ 80/bbl no intraday ontem. No Brasil, o fato somou-se à demanda ainda restrita, ocasionando queda de 13 centavos (para R$ 4,45/L) no físico em Ribeirão Preto (StoneX PVU), e de quase 6% do contrato contínuo do Etanol B3.
Câmbio
Fechamento (17/nov): 5,5241 (+0,48%)
Viés do dia: Misto
Suporte: 5,42
Resistência: 5,60
Dollar Index: 95,7490 (-0,08%)
Ontem o dólar abriu a sessão em queda ante o real, tocando a mínima de R$ 5,4665, mas o movimento não foi suficiente e a moeda americana fechou com avanço de 0,45%, na contramão de outras moedas emergentes. Refletindo esta maior aversão ao risco doméstica, o Ibovespa fechou com queda de 1,39% aos 102,948 pontos, a menor pontuação desde 12 de novembro de 2020.
O cenário brasileiro se caracteriza pela incerteza da votação no Senado da PEC que pretende adiar o pagamento de precatórios e abrir espaço para mais gastos no orçamento do governo. O presidente Bolsonaro inclusive prometeu um reajuste a servidores federais caso a PEC seja aprovada para agariar mais apoio, mas a promessa traz mais incertezas fiscais, já que o mercado ainda se vê diante da possibilidade do governo usar outras alternativas que ampliariam ainda mais o orçamento federal caso a PEC dos Precatórios não seja aprovada, como o Estado de calamidade pública. Com isso, adiciona-se uma pressão altista sobre o dólar.
Nos Estados Unidos, também se instaura um cenário de incerteza diante dos sinais de aceleração da retirada dos estímulos de capital pelo Federal Reserve. Apesar dos indicadores de retomada da economia, a possível decisão do Fed poderá impactar a compra de títulos públicos e a taxa de juros do país.
Ontem, na Europa, foram divulgados dados de inflação na Zona do Euro, com alta de 4,1% em outubro na comparação anual, resultado mais elevado do que projetado. Além disso, Banco Central Europeu (BCE) publicou seu relatório bianual sobre estabilidade com foco na dinâmica de taxas de juros baixas e fortes estímulos para recuperação econômica.
Na agenda de hoje, começamos o dia com a continuação dos discursos de cada membro do Fomc acerca das possíveis alterações na política monetária do Fed para os próximos meses. Além disso, às 10:30, teremos a divulgação do número de pedidos de seguro desemprego: A perspectiva é de que o número siga em queda como reflexo da retomada do crescimento e geração de empregos nos EUA.
Fonte: StoneX