Fechamento SBK21 (18/mar): 15,89c/lb (-10 pts)
Viés do dia: Misto
Neste momento SBK21: 15,86 (-3 pts)
Nesta quinta-feira, os futuros do açúcar demerara em NY operaram com comportamento misto, com quedas nos contratos até Mai/22 (SBK2) e leves altas a partir do Jul/22 (SBN2) em diante. O contínuo abriu em alta e chegou a fazer máxima em 16,10 c/lb, mas eventualmente cedeu 0,63% em uma sessão marcada por quedas fortes nos futuros do petróleo e pelo desempenho dos treasuries americanos de longo prazo.
É digno de nota a divulgação dos dados chineses de importação de commodities agrícolas nesta quinta, que mostraram a internalização de 1,05 MMT de açúcar pelo país nos dois primeiros meses de 2021, aumento de 223,5% em relação ao mesmo período do ano passado. O fato pode ter atingido o mercado de forma baixista, já que muitos agentes interpretaram que o aumento tão acentuado se dá por antecipação do consumo do país no atual ciclo, e a demanda chinesa futura pode não ser tão voraz assim.
Ainda na Ásia, a ISMA reportou ontem que a Índia já contratou 4,3 MMT de exportações de açúcar na atual temporada; desse total, aproximadamente 2,2 MMT já foram enviadas ou embarcadas.
No mercado de combustíveis, a falta de novos fundamentos altistas levou players a realizarem lucro nesta quinta, e as quedas no Petróleo Brent chegaram a quase 7%. A expectativa do mercado agora é por reajustes negativos por parte da Petrobras nos preços dos combustíveis para acompanhar o mercado internacional. Esses fatores, somados à falta de liquidez que temos comentado, fazem ceder ainda mais as cotações do etanol, que caíram 10 centavos e encerraram à R$ 3,15/L ontem (ambos anidro e hidratado, StoneX PVU RP-SP).
Dólar
Fechamento (18/mar): R$ 5,5618 (-0,47%)
Viés do dia: Misto/Altista
Suporte: 5,45
Resistência: 5,64
Dollar Index: 91,904 (+0,05%)
Na manhã de ontem, o dólar abriu a sessão em baixa contra o real, alcançando a mínima de R$ 5,4776 ao refletir a decisão do Copom tomada na véspera de elevar a Selic de forma mais agressiva (+0,75 p.p., além da sinalização de outro aumento desta magnitude na próxima reunião). Ao longo do dia, entretanto, a moeda americana retomou parte das perdas, em uma tendência global de fortalecimento, já que os juros de longo prazo dos EUA seguem em alta, com o T-note de 10 anos tendo superado a marca de 1,75% ontem.
Apesar do FED ter afirmado que segue com as expectativas de inflação ancoradas, o mercado segue precificando uma inflação acima de 2% nos EUA por conta da grande injeção de liquidez nos mercados e rápida recuperação econômica, o que tem pressionado ativos de risco em todo o mundo, já que os treasuries são uma ilha de segurança com rendimentos crescentes. A postura de maior aperto do Bacen foi positiva para o câmbio, com reflexos inclusive na diminuição da inclinação da curva futura de juros do país, mas é insuficiente para levar a uma forte queda do dólar. Para tanto, deve-se atacar os problemas fiscais.
Hoje, somado ao contexto externo mais altista, o viés doméstico é misto. Por um lado, o BC irá realizar um leilão de US$ 2,15 bi para rolagem da dívida, oferecendo maior liquidez às possíveis remontagens das posições de investidores após a alta da SELIC, enquanto o presidente do Banco do Brasil renunciou ao cargo ontem após o fechamento do mercado. Sua saída já era esperada, mas é mais um sinal de que Bolsonaro vem intervindo nas estatais. Além disso, os casos de Covid seguem em trajetória crescente.
Fonte: StoneX