Fechamento SBV22 (18/07): 19,41 c/lb (+16 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 19,00 / 18,76
Resistência: 19,61 / 20,08
Neste momento SBV22: 19,20 c/lb (- 21 pts)
Ontem, o açucar teve novos ganhos na bolsa de NY, na esteira da valorização do petróleo e do cenário macro mais propenso a tomada de riscos. Além do maior apetite ao risco observado nos mercados em geral, a alta de mais de 5% no barril do petróleo reflete também a volta de Joe Biden da Arábia Saudita sem nenhum acordo a respeito do aumento na produção do óleo bruto.
No mercado global de açúcar, os fundamentos mais recentes também contribuem com suporte ao adoçante. Na Europa, o verão com temperaturas recordes coloca o clima do continente no radar, dada a possibilidade de impacto nas condições de plantio para a próxima safra. Nas Américas, preços altos do milho e logística desfavorável contribuem com a queda no consumo do xarope de milho nos Estados Unidos e México em detrimento do açúcar, e reforçam aperto do lado da demanda.
Hoje, contudo, o mercado de açúcar já apresenta correção, mas que pode ser limitada pelo dólar, que vem caindo no exterior, inclusive contra as moedas emergentes.
No mercado interno de combustíveis, vale destacar mais uma semana de queda nos preços da gasolina nos postos, que vieram de R$ 6,10 para R$ 5,89/litro na última semana em SP, elevando a paridade com o etanol para 69,9%. Nesta semana, com a redução do ICMS também no etanol, de 13,3% para 9,6%, esperamos que o biocombustível recupere parte da competitividade nos preços para o consumidor final. No mercado spot, as cotações continuam caindo, com indicações a R$ 3,29/litro para o hidratado ontem na região de Ribeirão Preto (PVU com impostos), porém sem indicação de negócios.
Por fim, chamamos a atenção para o mercado de CBIOs, que viu seus preços caindo expressivamente após notícia de que as metas de 2022 poderão ser adiadas para o final de 2023. A medida vem como tentativa de conter a alta recente do papel, que chegou a ser negociado acima de R$ 200,00 em meio às projeções de déficit no balanço de oferta e demanda a partir de 2024.
Câmbio
Fechamento (18/jul): 5,4367 (+0,53%)
Viés do dia: Misto
Suporte: 5,35 e 5,27
Resistência: 5,47
Dollar Index: 106,536 (-0,30%)
Encerrando segunda-feira novamente acima do patamar dos 5,40, o dólar voltou a ganhar força diante do real, refletindo uma ligeira queda no apetite por risco dentre os investidores. Os movimentos no mercado de divisas ficaram a deriva dos desdobramentos internacionais e em muito refletindo o balanço negativo de grande bancos e empresas de tecnologia norte americanas.
Na perspectiva Norte Americana, a sessão de hoje contará com a divulgação de diversos indicadores secundários sobre a economia local, muitos sobre o setor de construção civil no país. Dentre eles, teremos o número de Licenças de Construção (9h30), Construção de Casas Novas (9h30) e o discurso da membra do Fomc Brainard (15h35). Os dois primeiros indicadores devem trazer novas informações sobre o quanto a economia norte-americana se mantém aquecida, enquanto o discurso de Brainard deve arrefecer o humor dos mercados para uma elevação de 1p.p. na taxa básica de juros da região, reforçando uma elevação mais moderada nessa momento. Tais desdobramentos devem impactar no mercado de divisas a depender do tom das divulgações, mas é de se esperar uma melhora no humor internacional a partir delas, possivelmente fortalecendo o real.
Índices asiáticos encerraram sem direção definida, ao passo em que mercados europeus operam em queda e futuros americanos somam ganhos na primeira metade da sessão de hoje. Na Europa, a madrugada de hoje contou com a divulgação do IPC na zona do euro, vindo em linha com as projeções de mercado e resultando em um valor de 8,6% no acumulado anual. O patamar, apesar de dentro das estimativas, mantém-se acima da média para o bloco dos últimos 30 anos, piorando consideravelmente o humor dos investidores na região. Ainda assim diante da decisão da taxa de juros para União Europeia agendada para quinta-feira, investidores devem aguardar o fato antes da tomada de posições, devendo deixar as negociações no mercado de divisas ligeiramente menos voláteis.
Fonte: StoneX