Fechamento SBH23 (18/10): 18,67 (-10 pontos)
Viés do dia: Misto
Suporte: 18,53 / 18,45 e 18,31
Resistência: 18,77 / 18,84 e 18,92
Cotação SBH3 no momento: 18,62 (-5 pts)
A terça-feira foi palco de queda do açúcar, em dia de correção após os preços falharem em romper zona de resistência importante nos pregões anteriores. O mercado ainda digeriu o aumento da estimativa de safra da Índia, que eleva o excedente exportável do país.
O refinado negociado em Londres apresentou comportamento interessante (com enfraquecimento do prêmio do branco), com queda de quase US$ 10/ton do contrato mais próximo, enquanto vencimentos mais longos tiveram recuos de US$ 2/ton ou menos. Ainda assim, o spread Dez-22-Mar-23 do branco continua invertido em US$ 36,40/ton, indicando aperto no tradeflow no curto prazo.
As chuvas no Centro Sul contribuem para manter o balanço entre oferta e demanda global justo, ao colocarem em dúvidas a viabilidade de se processar toda a cana disponível. Alguns grupos poderão inclusive reduzir sua produção de açúcar na reta final da safra mais do que o imaginado, seja para maximizar moagem ou mesmo por conta dos impactos do clima mais úmido sobre a cana.
Essa realidade em conjunto com a demanda externa elevada deve manter o mercado interno de açúcar com suporte ao longo dos próximos meses. O indicador da Esalq chegou a R$ 127,11/sc nesta terça-feira (vs. R$ 125,65/sc na semana anterior) e o spot já negocia em torno de R$ 124/sc (todos com 7% de ICMS). A exportação de cristal remunera próximo de R$ 136/sc equivalente, ou seja, o mercado interno ainda está defasado em relação às vendas ao exterior.
Nesta manhã os futuros operam em leve queda, devendo repetir o teste dos suportes vistos ontem.
Fonte: StoneX