Fechamento SBH4 (18/10): 27,48 (-1 pts)
Viés do dia: misto
Suporte: 27,02/26,70
Resistência: 27,68/27,88
Cotação neste momento (SBH4): 27,11 (-37 pts)
Em mais um pregão onde o contrato contínuo futuro do açúcar na ICE NY renovou suas máximas a 26,67 c/lb, encontrando resistência e falhando em rompê-la, encerrou praticamente estável à sessão anterior. Vimos um dia bem movimentado com pressões do macro e notícias vindas da Índia. Hoje o açúcar, acompanhando o petróleo, já devolve boa parte dos ganhos das duas últimas sessões e já até testou o primeiro suporte, da média móvel de 9 dias, próximo dos 27,00 c/lb.
Do segundo maior produtor de açúcar mundial, o noticiário foi basicamente uma confirmação formal do que o mercado já vinha precificando. As exportações indianas de açúcar ficarão restritas a partir de 31 de outubro, início da safra no país, sob prazo indeterminado. Apesar dos dessa expectativa já ter sido ventilada em meados de agosto, a confirmação veio oficial e terminou por ativar movimentos adicionais de compra dos fundos especulativos.
A safra em Karnataka deve iniciar na semana que vem e autoridades de lá projetam uma produção de 3,4 MMT de açúcar, uma redução de 42% frente aos 5,9 MMT produzidos no ciclo passado. Essa projeção resulta de um período de monções que trouxe um total de chuvas 94% da normalidade no país, o que prejudicou o canavial em sua fase vegetativa.
As chuvas no Brasil continuam a sustentar os preços do açúcar pelo impacto na colheita e atrasos no carregamento dos portos, virando um gargalo logístico nesse momento. Vale destacar que, em Santos, até dia 16/10, as chuvas no mês acumularam 265 mm, sendo que a média mensal é de 201 mm. Como resultado vemos mais de 30 dias de espera em alguns berços e uma elevação nos valores do frete. O line-up em Santos divulgado ontem registrou nova máxima, agora de 5,9 mmt em fila de navios.
As cotações do petróleo Brent subiram ao redor de 2% na sessão de ontem apoiadas nos riscos que os conflitos geopolíticos estão trazendo e nos estoques divulgados pelo DOE. O Irã pediu um embargo de petróleo a Israel, levando a commodity à máxima do dia. Já nos EUA, os estoques do óleo e seus derivados caíram bem, devido a um incremento na demanda. As reservas de Cushing voltaram a gerar preocupações no mercado ao entrarem em níveis mínimos que não alcançavam desde outubro de 2014.
Fonte: StoneX