Fechamento SBN21 (19/maio): 16,95 c/lb (-26 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 16,58
Resistência: 17,24 (MM de 20 dias)
Neste momento SBN1: 16,92 (-3 pts)
Em meio a um cenário macro de maior aversão ao risco, com os futuros do petróleo em queda e o dólar se fortalecendo ante o real, o NY#11 teve baixas ao longo de quase toda a curva futura, com exceção dos contratos além de Jul/23. O contínuo (SBN1) passou por uma sessão de altos e baixos, e após testar os extremos de um range de 25 pontos (17,10 c/lb de máx e 16,85 c/lb na mín), fechou em retração de 1,51%.
O ciclone de categoria 3 que atingiu a costa oeste da Índia na última segunda-feira atrasou as atividades em portos no estado de Gujarate, inclusive atrasando um carregamento de quase 40 mil toneladas de açúcar para a Indonésia. As autoridades monitoram a situação climática na região e como ela pode afetar a logística nos portos, e temem que os compradores indonésios possam se voltar para açúcar brasileiro ou tailandês por conta dos atrasos. Além dos problemas causados pela Covid-19, essa tem sido a pior temporada de ciclones e tempestades na região desde 1998, e já deixou dezenas de desaparecidos.
No cenário dos combustíveis, como sinalizamos ontem, os preços do etanol hidratado encontraram resistência nos altos patamares e na paridade nas bombas desfavorável a seu consumo, e já apresentaram leve retração das altas atingidas: O indicador StoneX caiu 7 centavos para fechar ontem à R$ 3,50/L (PVU RP-SP).
Dólar
Fechamento (19/maio): R$ 5,3167 (+1,37%)
Viés do dia: Misto
Suporte: R$ 5,25
Resistência: R$ 5,34
Dollar Index: 90,050 (-0,16%)
O dólar operou em alta ante o real durante toda a sessão nesta quarta-feira, em uma sessão de fortalecimento global da divisa americana, com o Dollar Index se recuperando e maior aversão ao risco nos mercados. Oscilando em altas mais discretas ao longo do dia até o fim da tarde, os ganhos foram acelerados após a divulgação das atas da última reunião do FOMC.
No documento, alguns membros do comitê mostraram-se propensos a já avaliar a possibilidade de rever a postura da instituição quanto à política monetária, após dados fora do esperado em suas metas de desemprego e inflação, o que acabou gerando um rally do dólar. Já alguns agentes no mercado apostam que o episódio não passou de um “susto” e logo o Fed deve confirmar a manutenção da política monetária mais acomodatícia; como for, certamente este tema ainda trará certa volatilidade ao mercado cambial.
No Brasil, houve continuidade na CPI da Covid-19, tendo sido entrevistado ontem no senado o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, sem maiores acontecimentos: o tema acabou ficando ofuscado pela dinâmica do exterior. Já no plenário da câmara, foi aprovada durante a madrugada a MP de privatização da Eletrobrás, sinal de que a pauta de reformas e privatizações pode voltar a andar, e gerar certo alívio no cenário interno após a tensão da CPI.
Hoje, bolsas ao redor do globo operam de maneira mista, com destaque para as europeias se recuperando do baque de ontem e os índices futuros das americanas indicando nova sessão de quedas. Com um calendário econômico sem maiores acontecimentos, chamamos atenção para o número dos pedidos por Seguro-Desemprego nos Estados Unidos que será divulgado as 9h, que com certeza será observado de perto pelos membros do FOMC para guiar seus próximos passos.
Fonte: StoneX