(20/08) StoneX: Açúcar & Etanol

Notícias do Mercado

Notícias do Mercado

(20/08) StoneX: Açúcar & Etanol

20/08/2021

Compartilhe:

Fechamento SBV21 (19/ago): 19,79 c/lb (-38 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 19,64
Resistência: 20,18

Neste momento SBV21: 19,95 (+16 pts)

 

Na quinta-feira, os futuros do demerara caíram ao longo de toda a curva futura na esteira de um movimento de realização parcial de lucros e cenário macroeconômico desfavorável a ativos de risco por conta da variante delta da Covid-19 e expectativa de início de retiradas de compra de ativos pelo FED ainda este ano. Pela 1a vez desde maio, o petróleo Brent atingiu patamar abaixo dos US$ 66/ barril, enquanto o índice CRB, que mede uma cesta commodities caiu 1,80% para 209,06 pts. Espaços adicionais de correções do açúcar ainda podem ocorrer no curto-prazo, mas a tendência segue altista.

 

Agentes devem se atentar para discussões de elevação do preço mínimo de venda na Índia (MSP), já que a ISMA solicita o aumento dos atuais 31 mil rúpias/t para 34-35 mil rúpias/t. Tal medida levaria o break-even de exportação dos atuais 18,90 c/lb para um preço superior a 21 c/lb, o que poderia reduzir a oferta da commodity no mercado global, levando preços para próximo deste patamar para evitar um maior direcionamento ao etanol e açúcar mercado interno no país asiático. Ainda assim, vale notar que cerca de 1 MMT de açúcar já foram contratados para exportação até então na Índia para 21/22.

 

Vale destacar a alta do indicador CEPEA/Esalq para R$ 133,91/sc (+13,99% no mês). Os preços no mercado interno apresentavam certa defasagem após o forte ímpeto altista do NY#11, mas com o fechamento de ontem, o equivalente de exportação volta a ficar abaixo do Esalq a R$ 127,41/sc.

 

A falta de vendedores no mercado dificulta correções mais expressivas do açúcar. Ontem, mesmo com influências baixistas como a fuga de ativos de risco entre os mercados, a queda do petróleo e a alta do dólar, a correção do açúcar se limitou à 38 pontos na tela de Out’21. Por outro lado, a condição de sobrecompra observada sob diversas óticas do lado técnico e um cenário macro condizente, pode ainda atrair alguns especuladores à realização parcial de lucro nessa sexta-feira.

 

Câmbio

Fechamento (19/ago): R$ 5,415 (+0,50%)
Viés do dia: Misto/Altista
Suporte: R$ 5,35
Resistência: R$ 5,4432 / 5,50

Dollar Index: 93,650 (+0,07%)

 

O pregão de quinta-feira foi marcado pela aversão ao risco nos mercados internacionais, de modo que o dólar se fortaleceu globalmente e o dollar index avançou 0,67%, atingindo patamares não vistos desde novembro de 2020. Acompanhando esta dinâmica, o dólar encerrou em alta ante o real, chegando a ultrapassar os R$ 5,45 na máxima do dia. 

 

No exterior, os agentes ainda digeriam a ata do FOMC divulgada na véspera e a informação de que membros do Fed esperam iniciar o tapering (retirada de estímulos) ainda esse ano. Ainda preocupa também os receios com a variante Delta da Covid-19 e a repressão chinesa ao setor de tecnologia.

 

Por sua vez, o cenário doméstico fornece suporte para esta dinâmica, com destaque para as preocupações com a sustentabilidade fiscal do país. O imbróglio ao redor da reforma do IR, o aumento do Bolsa Família e a PEC dos precatórios contribuem para a deterioração do risco fiscal. Ontem, o ministro da Economia, Paulo Guedes, reafirmou que sem a PEC para o parcelamento dos precatórios o governo não terá condição de arcar com gastos obrigatórios, enquanto os agentes enxergam como uma tentativa de romper o teto de gastos. 

 

Apesar do cenário de ontem, os índices futuros americanos conseguiram se recuperar e encerraram em leve alta ontem, exceto pelo Dow Jones. Hoje, bolsas asiáticas encerraram em queda, refletindo também o temor sobre a pressão regulatória do governo chinês, e as europeias recuam levemente; o dollar index apresenta estabilidade, o que indica sessão de certa cautela.

 

Fonte: StoneX

MAIS

Notíciais Relacionadas