(20/10) StoneX: Açúcar & Etanol

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(20/10) StoneX: Açúcar & Etanol

20/10/2021

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Fechamento SBH22 (19/out): 18,87 c/lb (-48 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 18,65
Resistência: 19,30
Neste momento SBH22: 18,93 (+6 pts)

 

Os futuros do demerara encerraram a terça-feira em queda em NY, com o mercado pressionado diante do desmonte de posições long dos especuladores e, em segundo plano, pelo real desvalorizado. As perdas foram impulsionadas pela incidência de chuvas volumosas no Centro-Sul em outubro, com a média ponderada da região atingindo 114 mm, 4% acima da média de 10 anos. Quando consideramos a projeção de precipitação até o final do mês, o acumulado deve se posicionar 72% acima do histórico, trazendo certo alívio para as preocupações quanto à safra 2022/23.

 

Por um lado, o fato do contínuo ter encerrado abaixo da média móvel de 100 dias (19,01 c/lb) dificulta correções mais significativas, com os preços em NY se recuperando levemente hoje pela manhã, ainda abaixo deste patamar. Por outro lado, as perdas também levaram o Mar’22 a ficar abaixo da paridade do etanol hidratado no Centro-Sul (18,90 c/lb), um importante fator de suporte ao mercado. Não obstante, o Índice de Força Relativa (RSI) aponta que o mercado se aproxima de uma situação sobre-vendida (valores abaixo de 30), com o RSI de 9 e 14 dias encerrando à 30,32 e 36,33, respectivamente, o que pode contribuir evitar quedas mais expressivas. 

 

No mercado de combustíveis, o etanol hidratado se valorizou em 5 centavos em relação à véspera, com realizações à R$ 4,20/L, ainda que com pouco liquidez); já o anidro avançou expressivos 9 centavos, agora à R$ 4,25/L (indicador StoneX PVU em RP-SP. Este cenário de valorização do etanol, somado à sustentação do Brent, com espaço para reajuste positivo pela Petrobras em 33 centavos, e a sinalização da estatal de que não poderá atender a todos os pedidos de abastecimento, são fatores de alerta ao mercado de combustíveis, e indicativos de que os preços podem se fortalecer ainda mais, dificultando uma pressão baixista mais consistente sobre o açúcar neste momento.

 

Câmbio

Fechamento (19/out): R$ 5,5847 (+1,31%)
Viés do dia: Misto
Suporte: R$ 5,45
Resistência: R$ 5,60

Dollar Index: 93,793 (+0,07%)

 

A terça-feira foi marcada por forte alta do dólar ante o real, marcando o maior fechamento deste meados de abril. Enquanto no exterior se observou o enfraquecimento do dólar e um cenário positivo nas bolsas internacionais, o cenário doméstico minou a atratividade do real, com o risco fiscal à tona.

 

O debate ao redor do Auxílio Brasil, tópico já sensível ao mercado, tomou os holofotes: a intenção do governo de aprovar o programa social com um benefício de R$ 400 para 2022, com parte do valor (R$ 100) sendo paga fora do teto de gastos, tensionou o noticiário local. O programa seria anunciado ao final da tarde de ontem, mas a divulgação foi adiada, o que pode trazer certo alívio temporário. Ainda assim, soma-se à este quadro a votação da PEC dos precatórios na Câmara dos Deputados, que foi adiada para o dia de hoje e pode sustentar o câmbio ao longo do pregão.

 

Pela manhã, os leilões extra de swaps do BC anunciados ontem, na ordem de US$ 1,2 bilhão, podem atenuar a pressão sobre o câmbio, mas o cenário doméstico pode limitar estes efeitos. No exterior, bolsas asiáticas tiveram resultados variados entre si, enquanto bolsas europeias e futuros americanos encontram-se próximo a estabilidade; o dollar index avança levemente. Sem um direcional tão claro, fatores internos devem predominar ao longo do pregão.

 

Fonte: StoneX

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