Fechamento SBH22 (17/dez): 19,11 c/lb (- 29 pts)
Viés do dia: Baixista
Suporte: 19,00, 18,70 e 18,50
Resistência: 19,20 e 19,60
Neste momento SBH22: 18,81 (- 30 pts)
O mercado de açúcar encerrou a sessão da semana passada em baixa, registrando a máxima de 19,39 c/lb e mínima de 19,01 c/lb na última sessão do período. Nessa manhã, o mercado segue em queda já tendo atingido a mínima de 18,74 c/lb rompendo o importante suporte de 19,00 c/lb.
Sexta ocorreu a divulgação dos dados da ISMA, o relatório indica que a Índia está com maior produção de cana do que no ano anterior, com 479 usinas em operação e moagem de 7,791 milhões de toneladas de cana de açúcar. O maior nível produtivo ocorre em Maharashtra com a operação de 186 usinas e 3,192 milhões de toneladas de cana de açúcar com aumento de 15,5% em relação ao ano anterior. O nível de exportação ainda é considerado baixo, entretanto, a safra ainda possui expectativa de aumento no fluxo de embarques. Por fim, o relatório apresenta record na mistura média de etanol em toda a Índia de 8,1% frente a 5% do ciclo período.
No mercado de combustíveis, o hidratado segue precificado em R$ 4,05/L (PVU em Ribeirão Preto/SP), com baixa liquidez no mercado. Após o reajuste da Petrobras no dia 15/12, a Gasolina A Paulína está cotada a R$ 3,1318/L, diante disso, o valor nas bombas do Estado de São Paulo, tanto o etanol quanto a gasolina passaram por queda, atingindo o nível apresentado em outubro, R$ 4,938 e R$ 6,3510.
Deve-se manter a atenção no nível de chuvas ao longo da semana visto sua influência no desenvolvimento da cana de açúcar e na programação do início da safra. Além disso, a variante Ômicron reforçou seu impacto negativo, nessa manhã o Brent abriu em forte queda, com variação negativa de 3,25%, cotado a USD 71,13/barril com mínima já registrada a USD 69,60/barril.
Câmbio
Fechamento (17/dez): 5,6858 (-0,03%)
Viés do dia: Misto
Suporte: 5,62
Resistência: 5,75
Dollar Index: 96,57 (+0,01%)
Na última sexta-feira o dólar encerrou praticamente em estabilidade ante o real. Ainda assim, o câmbio apresentou alta de 1,3% durante a semana e já acumula elevação de 9,5% no ano.
No Brasil, com a aproximação dos feriados de fim de ano, a agenda de indicadores essa semana será menos ativa. Agora os agentes voltam os olhos para 2022, observando o avanço da inflação, o risco fiscal e as eleições. No que tange a inflação, o Banco Central avalia que existe a possibilidade de desancoragem das metas de inflação e, por isso, a política de elevação dos juros deve ser mantida até que o nível de preços retorne a estabilidade. O risco fiscal também continua sendo observado, levando em consideração o ano eleitoral que está por vir; com um quadro polarizado entre os presidenciáveis, é possível que as variáveis macroeconômicas sofram forte volatilidade, em especial o câmbio.
No exterior, os agentes também observam o avanço do nível dos preços como um fenômeno mundial, influenciado principalmente pelo choque de oferta devido à retomada do comércio pós-pandemia. É provável que o nível dos preços reduza com a normalização da oferta e enfraquecimento da demanda; além disso, o resfriamento da economia chinesa também deve contribuir para a queda dos preços. Como forma de conter o avanço da inflação – impulsionada sobretudo por uma demanda aquecida – os EUA anunciaram na última semana a aceleração da redução dos estímulos e programou a elevação dos juros no país, o que pode conter o nível dos preços no próximo ano.
Hoje, bolsas asiáticas, mercados europeus e futuros americanos apresentam perdas consideráveis com notícias sobre o avanço da Ômicron. Com o avanço dos casos na Europa, medidas restritivas estão sendo tomadas antes do natal, preocupando os agentes. Além disso, a posição do Goldman Sachs reduzindo a perspectiva de crescimento nos EUA no próximo ano também afetam os agentes nesta manhã.
Fonte: StoneX