(21/01/22) StoneX: Açúcar & Etanol

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(21/01/22) StoneX: Açúcar & Etanol

21/01/2022

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Fechamento SBH22 (20/jan): 18,93 c/lb (-14 pts)  
Viés do dia: Misto/Baixista
Suporte: 18,80 e 18,60 
Resistência: 19,00 e 19,15

Neste momento SBH22: 18,83 c/lb (-10 pts)

 

Na quinta-feira, o contrato contínuo do NY#11 amanheceu em alta, acompanhando as movimentações do petróleo bruto, que chegou a máxima de US$ 89,50/barril, com a tela de março de 2022 alcançando 19,29 c/lb. No entanto, ao longo do dia, o Brent voltou a cair, corrigindo as altas das últimas sessões e, com possíveis vendas de posições para realização de lucros, o demerara encerrou a sessão em queda diária de 0,7%, abaixo da linha dos 19,00 c/lb, importante nível de suporte. Hoje, o Brent amanhace em queda acentuada, cotado à US$ 86,94 (-1,63%), corrigindo o aumento das últimas sessões, pressionando os preços do adoçante, que contiua o movimento de correção iniciado ontem e abre a sessão em queda. 

 

Alguns fatores contribuem para suportar os níveis do preço do açúcar. Primeiro, a alta correlação com o petróleo, dada a dinâmica do mix sucroenergético, que estimula a produção do etanol com o avanço dos preços dos combustíveis, o que compromete o balanço de O&D no mercado global. Nesse sentido, a valorização do real ante o dólar na semana, que acumula queda de 1,8%, desestimula a exportação do adoçante ao mercado internacional, somando mais um fator para o balanço apertado, e que deve dar suporte aos preços na sessão de hoje. A estimativa da StoneX é de que o défcit global deve alcançar 1,9 MMT, dando suporte ao açúcar acima dos 18,00 c/lb.

 

Além da quebra de safra do Centro-Sul no ciclo 2021/22, outros produtores também contribuem para a dinâmica apertada do balanço de O&D. A Austrália, com grande volume de precipitação no fim de 2021, atrasou o processo de colheita, que se encerrou apenas em janeiro, quando costuma finalizar em dezembro, posicionando 30,1 MMT ao longo de 2021, queda anual de 3,1%. Já o Paquistão, apesar de um possível aumento anual de 0,8%, com a projeção da StoneX em 6,7 MMT, as condições climáticas tensionam a produção do ciclo 2021/22. Na província Khyber Pakhtunkhw, que corresponde a aproximadamente 9% da produção do país, as perdas esperadas giram em torno de um quarto da oferta, o que tende a reduzir levemente a produção esperada.


Câmbio

Fechamento (20/jan): 5,4172 (-0,92%)
Viés do dia: misto
Suporte: 5,39
Resistência: 5,56

Dollar Index: 95,74 (+0,22%)

 

Na quarta-feira, o dólar voltou a mostrar quedas significativas frente ao real, chegando a romper o patamar 5,40 três vezes durante a sessão. De modo geral, o fortalecimento da divisa brasileira, visto como um cenário de afinidade ao risco dentre moedas emergentes, também se embasou na acomodação da alta de juros nos EUA, no corte de juros na China e com as variações nos preços do barril do petróleo. 

 

Nos EUA, ainda em meio a postura branda do Fed sobre a inflação, dados de pedidos por seguro desemprego foram divulgados acima do estimado em 286k (220k anteriormente), sendo o maior valor dos últimos três meses. Com o aumento dessas solicitações, também crescem incertezas a respeito da situação econômica americana, o que, apesar das pressões inflacionárias, devem trazer uma alta das taxas de juros somente em março. No mais, ainda hoje teremos o discurso de Janet Yellen no Fórum Econômico Mundial e, na terça-feira, está agendada a reunião do FOMC, sendo ambos os eventos, importantes diretrizes para o cenário de juros do país.

 

No Brasil, a perspectiva de controle cambial motivada pelo discurso do presidente do BC, Roberto Campos, trouxe impulso ao real na sessão de ontem, com otimismo quanto ao cenário fiscal brasileiro. Ainda, a divulgação do relatório do IFF, afirmando que o real aparenta estar subvalorizado, também trouxe um viés otimista para a moeda no médio prazo. Para os próximos dias, o governo estudar uma PEC para reduzir impostos no preço dos combustíveis, algo que institucionalmente ainda precisa ser compensado com outra fonte de arrecadação, podendo trazer incertezas ao cenário fiscal em caso de dúvidas quanto a origem dos recursos.

 

Mercados Asiáticos encerraram sem direção definida, enquanto bolsas europeias e futuros americanos apresentam perdas na sessão. O petróleo tipo Brent trabalha no momento com -1,63% de queda, enquanto o Dollar Index segue com relativa estabilidade (-0,07%).

 

Fonte: StoneX

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