(21/06) StoneX: Açúcar & Etanol

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(21/06) StoneX: Açúcar & Etanol

21/06/2021

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Fechamento SBN21 (18/jun): 16,43 c/lb (-12 pts)
Viés do dia: Misto/Baixista
Suporte: 16,12
Resistência: 17,00
Neste momento SBN1: 16,28 (-15 pts)

 

O NY#11 registrou perdas em quase toda a curva futura na sexta-feira – com exceção dos contratos entre Maio’23 e Mar’24 – ao passo que o contrato contínuo (SBN1) atingiu seu menor nível em dois meses. A sessão seguiu repercutindo as mudanças no contexto macroeconômico, no qual a discussão acerca da inflação americana retomou sua centralidade, o que provavelmente estimulou a realização de lucros por parte dos specs. Além disso, parece se somar a este quadro um arrefecimento da demanda, com o spread N1-V1 encerrando à -0,22 c/lb (-6 pts), em conjunto com firme recuo do prêmio do branco.

 

No campo dos fundamentos, a ISMA divulgou que até o momento a produção de açúcar da Índia atingiu 30,67 MMT, isto é, 3,67 MMT a mais (+13%) do que a temporada passada. Com isto, a possibilidade das exportações realmente ultrapassarem a cota de 6 MMT mesmo sem subsídio se torna factível, a depender da atratividade dos preços em NY. Além disso, o governo indiano pretende tornar motores flex-fuel obrigatórios a fim de impulsionar o uso do etanol e seu blending na gasolina, decisão a ser tomada dentro de 1-2 semanas. 

 

No mercado de combustíveis, o indicador StoneX (base RP-SP) fechou em R$3,38/litro para o hidratado (-0,22 centavos ou -6,11% na semana). Todavia, o expressivo recuo do biocombustível ainda não alcançou o consumidor final, de modo que a paridade nas bombas avançou para 77,99%, configurando a 8ª semana consecutiva acima dos 70%. A reversão deste cenário é paulatina, principalmente ao se considerar que a persistência dos preços da gasolina em patamares elevados – acima dos R$ 5,00 – repele seu consumo e leva à perda de referência da paridade e que preços de etanol devem ter dificuldade em cair ainda mais, tendo em vista a quebra de safra no Centro-Sul. Neste patamar, o etanol equivaleria a aproximadamente 16,30 c/lb em preços de NY, próximo ao último fechamento do contínuo, e pode fornecer um importante suporte para os preços do açúcar.

 

Dólar

Fechamento (18/jun): R$ 5,0901 (+1,62%)
Viés do dia: Misto
Suporte: R$ 4,98
Resistência: R$ 5,13

Dollar Index: 92,067 (-0,15%)

 

Embora tenha ido à uma mínima de R$ 4,9826 – nível que não testava desde jun/20 - enquanto o mercado ainda reagia ao aumento da Selic, o dólar voltou a subir com intensidade ante o real no final desta sexta-feira após declarações mais duras de um importante diretor do FED, James Bullard, que afirmou à imprensa que a inflação americana está pior do que o esperado e que ele é uma das sete autoridades a se posicionar a favor de um aumento na taxa de juros já no ano que vem. Após a declaração de Bullard, treasuries e Dollar Index passaram a avançar firme na sessão, pressionando emergentes. 

 

No Brasil, essa semana teremos a divulgação da Ata da última reunião do Copom, que ocorrerá amanhã (22) e detalhará melhor ao mercado as perspectivas da instituição para o restante do ano, sendo um importante drive para o mercado cambial. Além disso, o Presidente do Bacen Roberto Campos Neto e seu diretor de política econômica participarão de uma coletiva de imprensa na quinta (24), evento muito aguardado pelo mercado. Para fechar a agenda doméstica, na sexta (25) será divulgado o IPCA pelo IBGE.

 

Já no exterior teremos uma agenda mais morna, com declarações de membros do FOMC ao longo da semana e a divulgação do PIB trimestral americano final na quinta (24), dado que tem uma expectativa de manutenção em crescimento de 6,4%. Por fim, a divulgação do Índice de Preços de despesas de consumo pessoal (PCE), muito observado pelo FED, se dará na próxima sexta-feira (25).

 

Fonte: StoneX

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