(21/07/22) StoneX: Açúcar & Etanol

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(21/07/22) StoneX: Açúcar & Etanol

21/07/2022

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Fechamento SBV22 (20/jul): 18,67 c/lb (-17 pts)
Viés do dia: Baixista
Suporte: 18,55 / 18,44
Resistência: 18,75 / 18,86

Neste momento SBV22: 18,59 c/lb (- 08 pts)

 

Ainda que com baixo volume de negócios registrado na última sessão (~64 mil lotes), o açúcar voltou a trabalhar abaixo das principais medias móveis, ficando acima somente da média móvel de 20 dias (18,61 c/lb), encerrando o último pregão com queda de -17 pontos na tela de outubro, cotada em 18,67 c/lb.

 

Contribuindo com o viés de baixa dos últimos dois dias, o presidente da ISMA confirmou na última terça-feira (19) que a entidade solicitou mais uma vez a ampliação do teto das exportações do país em mais 1MM toneladas. Hoje os rumores são de que o governo pode ampliar o teto de exportação em 1,2MMt ainda nessa semana, além da meta de 10MMt fixada em maio. Em junho, o governo já havia autorizado a exportação adicional do açúcar já alocado nos portos e armazéns. Com o fim das operações nesse ciclo, a preocupação da ISMA é sobre o excedente de açúcar bruto desse ciclo, que não deve ser consumido no mercado doméstico e tem vasão exclusivamente na exportação – ainda de acordo com a ISMA a estimativa é de estoques de passagem ao redor de 6,7-7,2MMt ao final do ciclo 21/22 (considerando a produção estimada 36MMt, 8,2MMt de estoques iniciais, 10 MMt exportação e consumo doméstico entre 27-27,5 MMt). Há o entendimento de que a safra 22/23 deve manter a produção de açúcar elevada e que 6MMt de estoques finais no ciclo atual seriam suficientes.

 

Commodities como um todo apresentam viés negativo nessa abertura, puxadas pelo petróleo – nesse momento o brent recua -4,38%, negociado em 102,20 US$/barril. A cautela volta a dar o tom nas negociações do petróleo após a divulgação ontem de número acima do esperado de estoques de gasolina nos EUA e ante à provável elevação de juros pelo Banco Central Europeu hoje.

 

Nessa manhã o NY segue dando continuidade ao movimento de baixa, trabalhando nesse momento com queda de aproximadamente -10 pontos (18,57 c/lb). O açúcar cotado em Londres trabalha com -0,56% de queda no momento (-3,0 $/t) – o prêmio do branco, que vem arrefecendo nas últimas sessões, trabalha em 123 $/t. Em SP ofertas para o etanol hidratado seguem próximas de R$ 3,30/l com ICMS, o que equivale a cerca de 16,55 c/lb base NY considerando CBIO em R$ 96 e dólar em R$ 5,47, um gap de quase 200 pontos em relação à cotação do açúcar.

 

Câmbio

Fechamento (20/jul): 5,4704 (+1,07%)
Viés do dia: Misto/altista
Suporte: 5,35
Resistência: 5,56
Dollar Index: 107,061 (-0,01%)

 

Na quarta-feira, o dólar voltou a ganhar força frente ao real, bem como outros pares emergentes, repercutindo um exterior mais cauteloso frente às decisões de política monetária agendadas para hoje. O cenário, além de levar o mercado de divisas ao maior fechamento desde janeiro e aproximar-se do patamar psicológico dos 5,50, também refletiu no fortalecimento do DXY em 0,4% ao final da tarde de ontem.

 

Na União Europeia, em especial nos países contidos na Zona do Euro, o dia de hoje será marcado pela decisão da taxa de juros para a região, aguardada para às 9h15 e seguindo com uma coletiva de imprensa do BCE às 9h45. A decisão, em muito antecipada pelos investidores no decorrer da semana, é projetada pelo mercado aos 0,25%, levando às taxas de juros ao campo positivo pela primeira vez nos últimos 10 anos e contradizendo comentários anteriores da própria instituição de que isso deveria acontecer somente ao final de setembro. Tal decisão deverá trazer considerável volatilidade aos mercados de modo geral, aumentando a percepção de risco internacional e levando investidores a se refugiarem nas principais economias em detrimento de emergente como o Brasil.

 

Hoje, futuros americanos e mercados europeus recuam ao início da sessão com investidores antecipando a possível elevação da taxa de juros pelo BCE em mais de uma década. Na Ásia, bolsas encerraram sem viés definido, com perdas contidas após o Banco Central do Japão manter as taxas de juros locais inalteradas, com a entidade reforçando que não vê urgência na retirada de estímulos mesmo com a inflação no país acelerando aos 2% nos últimos 12 meses.

 

Fonte: StoneX

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