Fechamento SBH2 (20/Out): 18,97 c/lb (+10 pts)
Nesta quarta-feira, o contrato contínuo do NY#11 apresentou uma leve recuperação em meio à uma sessão de insider trading (em que os papéis trocam de mãos entre agentes que já eram detentores, sem entrada de novos players). O Mar/22 chegou à romper a barreira dos 19,00 c/lb mas não teve força para se sustentar acima desse patamar. Hoje o açúcar opera em alta tanto em NY quanto em Londres, com o mercado buscando recuperação de níveis de algumas semanas atrás.
O que deve ser crucial para determinar esse movimento é o comportamento dos specs nesse mercado. Estimativas da StoneX apontam para o desmonte de 30 mil lotes por parte desses agentes, a ser conhecido no relatório divulgado amanhã pelo CFTC; Fator este que evita que as cotações busquem altas mais contundentes.
Por outro lado, o etanol oferece certa sustentação; Temores quanto à falta de capacidade da Petrobras de atender ao fornecimento de combustível, o espaço de alta da gasolina de R$ 0,2014/L e estoques de petróleo em queda nos EUA, contribuíram para o cenário construtivo no mercado interno: nessa dinâmica, o hidratado teve alta de 10 centavos e agora é negociado à R$ 4,30/L (PVU RP-SP) - o equivalente à 19,55 c/lb do adoçante.
Para completar o cenário de incertezas que rondam o mercado de combustíveis, ontem a noite surgiram anúncios de que caminhoneiros do setor de transporte de combustíveis da região Sudeste devem parar suas atividades, a partir de hoje, por tempo indeterminado, o que representaria uma grande disrupção na cadeia de suprimentos.
CÂMBIO | MACROECONOMIA
Fechamento (20/Out): R$ 5,5978 (+0,23%)
A quarta-feira foi marcada pela correção do real durante quase toda a sessão, valorizando-se ante o dólar ao longo do dia. No entanto, apesar de uma nova rodada de leilão de dólares à vista (US$ 500 Mi), que conteve o dólar, as falas do Ministro da Economia, Paulo Guedes, a respeito do programa Auxílio Brasil, estressaram o mercado no fim do dia.
O risco fiscal interno vem ganhando força com as questões em torno do programa de assistência social Auxílio Brasil. A PEC dos precatórios, que poderia ter sido votada ontem, foi adiada novamente. Além disso, o benefício de R$ 400, com R$ 100 não sendo coberto pelo teto de gastos (R$30 Bi acima do orçamento), preocupa os agentes. A fala do Ministro da Economia sobre a estratégia para exceder este limite não agradou o mercado; as próximas sessões podem ser afetadas por novas decisões na câmara e no senado, com o possível debate sobre a antecipação da revisão do teto de gastos ou se será concedido um perdão fiscal (waiver) para a realização desta medida.
As bolsas asiáticas fecharam o dia em leve queda em boa parte das principais bolsas. Os futuros americanos e bolsas europeias também operam no negativo nesta manhã. Além disso, o dia contará com uma agenda econômica ativa. Na Europa, a Cúpula dos Líderes da UE discutirá a questão do preço da energia e a inflação que impacta o continente. Nos EUA, a divulgação dos pedidos iniciais por seguro desemprego também pode dar mais indicativos sobre a economia americana e reafirmar a retirada de estímulos em breve.
Suporte é visto em R$ 5,52 e resistência em R$ 5,64.
Fonte: StoneX