Fechamento SBH22 (20/dez): 18,59 c/lb (-52 pts)
Viés do dia: Misto/Altista
Suporte: 18,53
Resistência: 19,11
Neste momento SBH22: 18,62 (+3 pts)
Na segunda-feira, o mercado de açúcar apresentou forte queda em boa parte das telas futuras do NY#11, respondedo principalmente ao cenário internacional de aversão ao risco frente às incertezas a respeito da variante Omicron e seguindo a queda do Brent. O adoçante rompeu os suporte dos 19,00 e 18,70 c/lb e chegou a registrar a mínima de 18,52 c/lb mantendo-se acima desse importante nível de suporte e fechou a sessão um pouco acima desse patamar. Hoje, os preços do açúcar estão em alta, assim como o Brent, corrigindo a forte desvalorização da sessão anterior.
Além das preocupações com a variante Ômicron, outros fatores também contribuem para a diminuição no nível dos preços do adoçante. Além disso, a produção indiana aponta progresso em relação ao ano anterior: entre outubro e dezembro a moagem alcançou 7,79 MMT (+6,2% frente ao ano anterior), contribuindo para maior oferta do adoçante.
Apesar da elevada produção indiana, os preços do açúcar devem se manter acima dos 18,50 c/lb para a atratividade das exportações com subsídio continue, o que fornece suporte ao mercado em NY. Já a produção tailandesa agora deve ganhar competitividade nas exportações, sendo observada a valorização do basis de exportação do país nas últimas semanas. Desde o início da safra 2021/22 o prêmio do Hi-Pol já acumula alta de 31,3%.
No mercado de combustíveis, o hidratado segue precificado em R$ 4,05/L e o anidro em R$ 4,00 (PVU em Ribeirão Preto/SP), com baixa liquidez. Com a queda nos preços do açúcar, a arbitragem do anidro segue acima dos preços do NY#11, cotado a 18,95 c/lb (+0,35), o que tente a influenciar o planejamento de mix para o ciclo 22/23 e será um dos principais fundamentos a serem acompanhados para definição do viés dos preços internacionais do açúcar.
Câmbio
Fechamento (20/dez): 5,7378 (+ 0,87%)
Viés do dia: Lateralizado/altista
Suporte: 5,66
Resistência: 5,74
Dollar Index: 96,551 (-0,01%)
Na segunda-feira, o dólar encerrou a sessão apresentando ganhos ante ao real e atingindo a maior cotação desde março deste ano, em R$5,745 na máxima intradiária. O movimento, que também foi visto em outros pares emergentes, refletiu a aversão ao risco dos investidores em meio ao avanço da pandemia e seus possíveis impactos nas economias globais.
Nos EUA, o avanço da disseminação da variante Ômicron repercutiu duramente nos índices acionários na segunda-feira, com quedas de 1,23% e 1,24% no Dow Jones e Nasdaq respectivamente. As quedas ocorreram em meio a novos desdobramentos da pandemia no país, com escolas voltando ao modelo remoto e possíveis medidas restritivas a vista, o que mitigou o interesse pela renda variável entre investidores.
No Brasil, com o curto prazo a partir da divulgação do relatório do orçamento para 2022, houve o adiamento de sua votação na Comissão Mista de Orçamento (CMO), o que postergou sessões na Câmara e no Senado. Isso foi visto como fonte de pressão para o real, deteriorando ainda mais as expectativas com a agenda fiscal brasileira. Na agenda de hoje, teremos um leilão de dólar spot as 9h30, a votação na CMO as 10h e, por fim, a divulgação da arrecadação da receita federal em novembro as 14h30.
Hoje, bolsas asiáticas encerraram majoritariamente em alta, corrigindo perdas da última sessão. Mercados Europeu e futuros americanos também operam em alta, seguindo o mesmo passo de recuperação, enquanto o mercado tenta precificar os impactos da covid-19 nas economias.
Fonte: StoneX