Fechamento SBK22 (21/mar): 19,28 c/lb (+35 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 19,15 e 18,90
Resistência: 19,35 e 19,50
Neste momento SBK22: 19,21 (-7 pts)
Na última sessão, os contratos do NY#11 apresentaram ganhos acentuados ao longo de toda curva futura, com baixo volume de negócios durante o dia (83.288), movimento influenciado sobretudo pela alta do petróleo Brent, que encerrou a sessão cotado em US$ 115,62/barril (+7,69%), seguindo as expectativas de um possível embargo nas importações de petróleo pela União Europeia e um ataque a instalações de uma refinaria na Arábia Saudita, fatores que devem contribuir para a continuidade das mínimas dos estoques globais da commodity.
O diferencial Londres-Nova Iorque alcançou US$ 125/t na segunda-feira, valor que já acumula alta de 34,8% desde o início de fevereiro. O movimento é influenciado pela expectativa de um balanço de O&D mais apertado para o açúcar refinado, sinalizado pela inversão do spread das telas mais próximas do Londres #5, que registrou US$ 20/ton, seguindo também as recentes altas no brent, refletindo maiores custos para o refino. Desse modo, há sinais de que a compra do açúcar bruto para refino e posterior revenda é favorável, e oferece suporte para as negociações do NY#11.
Recetemente o prêmio de exportação nos portos brasileiro vem ganhando força. A indicação mais recente essa semana foi de prêmio de 0,41 c/lb no VHP e 100 USD/ton no Cristal. Tais preços refletem o cenário de entressafra mais alongada no centro-sul, mas nos deixa atentos ao aquecimento da demanda internacional pelo adoçante.
No mercado de combustíveis, ontem, o governo brasileiro zerou os impostos para importações de etanol até o fim deste ano, com o objetivo de reduzir até R$ 0,20 nos preços da gasolina. A alíquota era situada em 18% e a medida já deve vigorar a partir desta quarta-feira. Atualmente, há espaço para novos aumentos nos preços dos combustíveis pela Petrobras, com R$ 0,60 para o diesel e R$ 0,15 para a gasolina, seguindo as recentes altas do petróleo.
Câmbio
Fechamento (21/mar): 4,9366 (-1,73%)
Viés do dia: misto
Suporte: 4,90
Resistência: 5,05
Dollar Index: 98,636 (+0,14%)
Diante de um cenário internacional consideravelmente avesso ao risco, o real apresentou expressiva valorização diante do dólar ontem, rompendo a barreira psicológica dos R$5,00 em uma sessão marcada pelo avanço dos preços de commodities alimentícias e forte fluxo cambial ao país.
Internamente, ainda que investidores estrangeiros se mostrassem com cautela diante das condições geopolíticas, a valorização de commodities como milho e petróleo levou a expressivos aportes em países exportadores desses produtos, assim trazendo suporte ao real na última sessão. O atual diferencial de juros brasileiro em 11,25% desde quarta-feira passada também instigou a forte entrada de capital estrangeiro no país, o que levou ao maior valor acumulado em três meses desde a criação da série histórica. No mais, hoje teremos a divulgação da ata do Copom, trazendo um novo panorama sobre a situação econômica brasileira, podendo trazer certa volatilidade ao câmbio durante a sessão.
Na perspectiva Norte Americana, o tom do discurso de Powell a respeito da possível elevação dos juros em 0,5p.p. diante da aceleração da inflação e sobre as fortes incertezas quanto ao desenvolvimento da guerra na Ucrânia levou o mercado internacional de divisas a mostrar um maior apetite por moedas seguras como o dólar, com o DXY avançando consideravelmente na sessão. Ademais, hoje também teremos o discurso de três membros do FOMC, trazendo suas perspectivas sobre a economia dos EUA.
Hoje, bolsas asiáticas encerraram com significativos ganhos ao passo em que futuros americanos e mercados europeus também apresentam altas na sessão. O movimento altista generalizado reflete desde a alta de empresas do setor de tecnologia na China até o monitoramento do desenvolvimento econômico nos EUA, em uma sessão marcada por consideráveis ajustes frente as recentes quedas dos mercados. O cenário macro favorável pode desencorajar a correção de preços no câmbio hoje e poderemos ver mais uma sessão abaixo dos R$5.
Fonte: StoneX