Fechamento SBN22 (21/06): 18,66 c/lb (+6 pts)
Viés do dia: Baixista
Suporte: 18,45/18,16
Resistência: 18,94
Neste momento: 18,52 c/lb (-0,14 pts)
O governo brasileiro continua a sua saga para buscar maneiras de conter a pressão inflacionária advinda da alta do preço dos combustíveis. Após o reajuste da gasolina e do diesel na última sexta-feira e renúncia do presidente da Petrobras, a base aliada do governo na Câmara instaurou uma CPI para investigar os preços dos combustíveis praticados pela empresa. Além disso, a equipe de Bolsonaro trabalha em medida provisória para mudar a “Lei das Estatais”, criada em 2016 após o escândalo revelado pela Lava Jato para aumentar a transparência, governança etc. O objetivo aparente seria flexibilizar as regras para definição da diretoria e Conselho da Petrobras, a fim de aumentar a influência do governo na empresa.
No âmbito das mudanças tributárias que estão tramitando não tivemos novidades. Enquanto isso o mercado de etanol segue com baixa liquidez, com compradores operando com estoques baixos e realizando compras da mão para boca. Preço de referência em Ribeirão Preto para o hidratado é de R$ 3,65/l, mas com bastante oscilações em relação aos níveis ofertados na compra e na venda. Quando houver definições sobre os impostos, o mercado deverá voltar a se aquecer, com recomposição de estoques.
As incertezas no mercado de combustíveis brasileiros respingam no açúcar, com players aguardando definições para se posicionarem. As dúvidas têm levado a uma liquidação da posição comprada em açúcar NY por parte dos especuladores. De toda forma, o demerara encontrou suporte em médias longas importantes. A tela de outubro tem suportes nas médias de 150 e 200 dias (18,76 c/lb e 18,73 c/lb, respectivamente). Oficialização das medidas em curso no mercado de etanol poderiam trazer pressão baixista adicional ao açúcar em caso de perda da competitividade do hidratado.
Nesta manhã dados da inflação no Reino Unido voltam a reforçar o pessimismo nos mercados e provocar queda de ativos de risco, com queda acentuada do petróleo de mais de 4% e açúcar com redução ainda moderada. Destaque para a movimentação do predisente americano Joe Biden para reduzir a tributação da gasolina nos EUA. Assim como no Brasil, a inflação tem sido pedra no sapato do presidente.
Câmbio
Fechamento (21/jun): 5,1274 (-1,22%)
Viés do dia: Misto/Altista
Suporte: 5,05
Resistência: 5,20
Dollar Index: 104,561 (+0,12%)
Após apreciar discretamente durante o feriado Norte americano de segunda-feira, o dólar reverteu seus ganhos durante a sessão de ontem, encerrando próximo aos patamares vistos na semana anterior. O movimento foi visto como uma repercussão positiva dentre investidores internacionais à divulgação da ata do Copom, a qual mencionou novamente um posicionamento de caráter hawkish dentre os dirigentes monetários brasileiros e impulsionou o real durante a sessão.
No cenário internacional, a o pregão do dia será marcado por diversas divulgações de indicadores de padrão de consumo ao redor do globo, trazendo um panorama geral sobre a situação econômica de diversas nações. Na agenda do dia, na madrugada de hoje o Reino Unido divulgou seus números de IPC e IPP, todos acima do que era projetado, e a preocupação com a inflação trazem pra sessão de hoje maior aversão a risco. Além disso teremos a divulgação dos mesmos índices no Canadá e do PMI Australiano na parte da tarde, ao passo em que nos EUA a agenda conta com indicadores secundários e discursos de Jerome Powell as 10h30 e Barkin as 14h30.
Hoje, índices asiáticos fecharam em queda, ao passo em que mercados europeus e futuros norte americanos também operam com perdas durante a sessão. Além de preocupações acerca da aceleração da inflação e seus impactos econômicos, o mercado internacional está com um sentimento de cautela diante do comparecimento de Jerome Powell no congresso americano às 10h30, para uma sessão de depoimentos entre hoje e amanhã. O discurso do dirigente do Fed deve trazer novas pistas sobre a curva de juros americana e a projeção do ciclo de aperto monetário. O mau humor do mercado internacional pode trazer suporte para o câmbio hoje.
Fonte: StoneX