Fechamento SBV22 (21/jul): 18,35 c/lb (-32 pts)
Viés do dia: Misto/Baixista
Suporte: 18,11 - 18,00
Resistência: 18,81
Neste momento SBV22: 18,12 c/lb ( -23 pts)
O açúcar NY manteve o viés de baixa ontem e registrou o terceiro pregão de queda na semana, com recuo de 5,5% desde a 6ª feira. Já a cotação do NY em reais conseguiu certo fôlego na alta do dólar, continuando em níveis mais altos desde janeiro ao redor de R$ 2.220/ton (sem prêmios), mas ainda assim, a cotação já retrai próximo de 3% esta semana.
O sentimento de etanol pressionado após ajuste de preços da Petrobras e preços do petróleo tentando se estabilizar ao redor dos US$ 100/barril continuam retraindo as cotações do açúcar no mercado internacional. O rumor, ainda não oficial, de aumento extra de 1-1,2 mmt nas exportações indiana deste ano podem estar adicionando pressão entre ontem e hoje.
A ISMA publicou hoje sua estimativa preliminar da próxima safra trazendo um aumento de 4% na área, 4,5 mmt sendo convertido pra etanol, 35,5 mmt de produção de açúcar, consumo estimado em 27,5 e 8 mmt de excedentes para exportação. Em linha com a expectativa de mercado e confirmando expectativas de mais uma boa safra a vir.
O clima no CS-Br permanece seco, favorecendo no momento ao avanço da safra, apesar de que ainda não se vê muito volume de açúcar sendo ofertado no spot, fator que tem segurado também os preços do Esalq-SP por enquanto acima dos R$ 131,00. A paridade de exportação do cristal 150 ao redor de R$ 132/sc também tem sido outro fator de suporte ao MI, visto as pedidas de prêmios elevados recentes.
O recuo nos preços dos cbios também contribuíram para este cenário de baixa do NY, quando caiu pela metade do valor em menos de duas semanas, puxando a equivalência do cbio de aprox. 119 pontos do NY para aprox. 61 pontos. Assim, a paridade do etanol versus NY segue por volta de 17,02, abrindo ainda espaço para mais correções do NY. Porém, os prêmios de exportação e demanda física de curto prazo podem ainda conter quedas mais acentuadas do demerara. Os line-ups desta semana, apesar de ter recuado, ainda se mostraram bastantes elevados com quase 3mmt de embarques esperados até agosto.
Câmbio
Fechamento (21/jul): 5,4988 (+0,52%)
Viés do dia: Misto
Suporte: 5,35
Resistência: 5,56
Dollar Index: 106,910 (+0,10%)
O dólar operou em expressiva alta ante o real nesta quinta-feira, chegando a romper a marca psicológica dos R$ 5,50, antes de fechar logo abaixo deste nível, no maior patamar em quase seis meses. No atual patamar, se o real se depreciar mais 1,40%, terá zerado todos os ganhos de 2022.
O grande assunto sob os holofotes econômicos foi a elevação de juros na zona do Euro: o aumento de 0,50 pp foi a primeira elevação na taxa em 11 anos, e tira os juros do patamar negativo, onde seguia desde 2014. O BCE era o único grande banco central de economias desenvolvidas que ainda não havia iniciado sua cruzada contra a inflação, e agora se junta aos seus pares, fator que deve continuar pressionando fortemente divisas emergentes em detrimento da segurança de moedas como dólar e euro.
Hoje, bolsas asiáticas encerraram sem um viés claro, enquanto índices europeus operam em leve alta após o mercado digerir a decisão do BCE de ontem. Agora, todos os olhares voltam-se à decisão do FED na próxima quarta - ao passo que um novo aumento de 0,75pp já esteja precificado, a possibilidade da elevação de 1pp não está 100% descartada, o que fortaleceria ainda mais o dólar. Nesse sentido, dados da economia americana devem ser observados de perto pelos membros do Fomc para avaliar a decisão final; é o caso dos PMIs dos EUA a serem divulgados hoje às 10:45h.
Fonte: StoneX