Fechamento SBV22 (21/09): 18,22 c/lb (+3 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 18,08 / 17,91
Resistência: 18,50 / 18,77
Cotação SBV22: 18,28 c/lb (+ 07 pts)
Na quarta-feira, o mercado seguiu corrigindo a queda de preços da segunda-feira, em um dia de baixa volatilidade para o açúcar. O mercado se manteve invertido, com o spread V22/H23 de +41 pontos, acentuando a expectativa de forte demanda a curto prazo. O prêmio do açúcar de Londres seguiu em queda, fechando a U$ 128/ton, nível mais baixo desde Maio/22.
As usinas indianas mantiveram o pedido de 8 MMT para a cota de exportação para a próxima safra 22/23 e o governo reiterou que logo se pronunciará a respeito. Esse número seria uma redução de 3,2 mmt em comparação ao atual ciclo (21/22), em que o governo permitiu a cota de 11,2 MMT para exportação.
Desde a semana passada, o etanol hidratado vinha sendo negociado a R$2,70/l (base Ribeirão). Nos últimos dias, contudo, esse nível voltou a encontrar resistência dos compradores e ontem vimos a oferta cedendo e realizações sendo negociadas na média de R$2,65/l. Com preços PVU em menor nível, é possível manter a competitividade do hidratado na bomba em comparação com a gasolina.
Câmbio
Fechamento (21/set): 5,1745 (+0,61%)
Viés do dia: Misto
Suporte: 5,08
Resistência: 5,23
Dollar Index: 110,889 (+0,22%)
Na sessão de ontem, o dólar voltou a se fortalecer frente ao real e outras divisas, repercutindo a decisão monetária nos EUA durante a tarde. A decisão do Fed pela elevação da taxa alvo de juros em 0,75p.p., à banda dos 3,0% aos 3,25%, motivou um significativo fluxo cambial ao país, com investidores se posicionando em dólar ao buscarem ganhos nos títulos soberanos. O movimento também fez o dólar ganhar força frente seus pares, levando o Dollar Index além dos 111 pontos pela primeira vez desde o início da série histórica do índice.
Há pouco, o Bank of England divulgou seu novo patamar para a taxa base de juros da região, com elevação de 1,0p.p., aos 2,25%. A decisão, contrariando as expectativas de um aumento de somente 0,5p.p., foi lida com forte tom hawkish pelos dirigentes monetários do bloco e, provavelmente, deve resultar em ganhos da libra durante a sessão de hoje. Ainda na Europa, a madrugada de hoje contou com o discurso de Fernandez-Bollo e Tuominen, ambos membros do BCE, reforçando as perspectivas quanto à austeridade da entidade no controle da inflação, bem como frente à crise energética do bloco. Tais falas podem fortalecer o euro a partir das expectativas para novos aumentos da taxa de juros do bloco na próxima reunião do BCE.
No cenário doméstico o dia amanheceu com a notícia da manutenção da Selic aos mesmos patamares da última reunião, em 13,75%, decidida no final da tarde de ontem pelo Copom. A manutenção dos patamares atuais da taxa de juros não era vista em reunião desde março do ano passado, porém com a interrupção do ciclo de alta já sendo esperada pelas projeções de mercado. A decisão enfraquecer o real brasileiro frente ao dólar, com a perspectiva de redução do diferencial de juros tornando investimentos futuros no Brasil menos atrativos aos olhos do exterior.
Além dos acontecimentos no Reino Unido há pouco e do reajuste da taxa de juros dos EUA ontem, a sessão de hoje também será palco da divulgação de duas importantes métricas sobre a atividade econômica americana e balança comercial do país. Pela manhã teremos os Pedidos Iniciais por Seguro Desemprego e as Transações Correntes do segundo trimestre, ambos às 9h30, projetados aos 218 mil pedidos e com déficit de U$ 260 bi, respectivamente. Caso em linha com às projeções, as métricas deverão refletir no enfraquecimento do dólar no cenário internacional, com a redução da atividade econômica limitando o espaço de manobra do Fed para elevações futuras da taxa de juros.
Fonte: StoneX