(22/10) StoneX: Açúcar & Etanol

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(22/10) StoneX: Açúcar & Etanol

22/10/2021

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Fechamento SBH22 (21/out): 18,94 c/lb (-3 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 18,80
Resistência: 19,30
Neste momento SBH22: 19,04 (+10 pts)

 

Na quinta-feira, os futuros do demerara auferiram leves perdas ao longo de toda a curva futura. O contrato contínuo Mar'22 voltou a testar a mínima de 18,87 c/lb, mas não obteve força para se manter abaixo dos 18,90 c/lb por mais uma vez. O n° de contratos em aberto seguiu caindo, indicando uma possível continuidade da liquidação de posições compradas de especuladores, mas esta tende a ser limitada, à medida que a paridade de exportação do hidratado no CS a 19,01 c/lb tende a puxar as cotações ao redor deste patamar, como no início desta manhã.

 

Tendo em vista o cenário de elevada pluviosidade no Centro-Sul, Índia e Tailândia, todos com chuvas acima da média histórica em outubro, podendo levar a uma recuperação da produção de açúcar, a tendência de redução dos spreads e possibilidade de normalização da curva futura nos próximos meses permanece. Spreads H2-K2 e K2-N2 vão se consolidando próximos de 30 e 20 pts, respectivamente, à medida que os spreads mais distantes entre as telas N2-N3 e V2-V3  já caem cerca de 60 e 44 pts, respectivamente, comparado à semana passada.

 

Referente ao etanol, destaque para realizações do hidratado em R$ 4,33/L (PVU em RP/SP) ontem, representando alta semanal de R$ 0,23/L (+5,6%). À medida que o governo não realiza alterações no imposto de importação, o piso das negociações do mercado interno tende a se elevar, dado que devemos ver volume importado entrando no país a partir de novembro. Petróleo e dólar apreciados mantêm a expectativa de alta da gasolina pela Petrobras. Neste sentido, alguma alteração pode ser anunciada em breve, já que o governo anunciou ontem um auxílio de R$ 400 mensais a 750 mil caminhoneiros para tentar amenizar o descontentamento da categoria.

 

Câmbio

Fechamento (21/out): R$ 5,6612 (+1,13%)
Viés do dia: Altista
Suporte: R$ 5,60
Resistência: R$ 5,76

Dollar Index: 93,595 (-0,18%)

 

O dólar renovou suas máximas de seis meses e encerrou a quinta-feira em alta ante o real. A declaração do ministro Paulo Guedes na véspera impulsionou a escalada do câmbio e, ao longo do dia, a tempestade ao redor do risco fiscal no cenário doméstico foi se fortalecendo. O cenário externo também se mostrou desfavorável para moedas emergentes, com pedidos por seguro desemprego abaixo do esperado nos EUA reforçando expectativas de elevação dos juros. 

 

Por aqui, o noticiário local foi tomado por preocupações quanto à sustentabilidade fiscal, com sinalizações de que o governo irá contornar a regra do teto de gastos para bancar o programa social Auxílio Brasil. Para viabilizar a medida, o novo parecer da PEC dos precatórios altera o mecanismo de reajuste do teto e, ao todo, deve liberar R$ 83 bi do orçamento. Somou-se à isso declarações do Presidente Jair Bolsonaro de que um auxílio será pago a 750 mil caminhoneiros para compensar o aumento do diesel. 

 

Após o fechamento, quatro secretários do Ministério da Economia, que comandavam a área fiscal, pediram demissão por “motivos pessoais”. O secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia também pediu demissão do cargo após o fim do pregão. Tais notícias devem repercutir na sessão de hoje, com a debandada da equipe econômica reforçando o estresse do mercado e deteriorando ainda mais o câmbio. 

 

No exterior, bolsas asiáticas tiveram resultados variados entre si, enquanto europeias e futuros americanos avançam levemente e o dollar index recua. Ainda assim, o cenário interno deve ser o driver principal, mas vale destacar que o dia também contará com um discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, às 12h, que deve estar no radar.

 

Fonte: StoneX

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