Fechamento SBH22 (19/nov): 19,99 c/lb (-19 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 19,86 e 19,49
Resistência: 20,29
Neste momento SBH22: 19,78 (- 21 pts)
O mercado de açúcar encerrou a sexta-feira apresentando perdas por toda curva futura, retomando o patamar dentro da banda lateral após o rally majoritariamente técnico. O movimento parece responder a retração dos preços do petróleo diante do plano de liberação de reservas estratégicas anunciado pelos EUA, que levou o Brent a encerrar abaixo dos US$ 80/barril na sexta-feira, com queda de -2,89%.
Somado a isso está o reforço das preocupações quanto ao número de novos casos de Covid na Europa. Alemanha, Áustria e Holanda retomaram o lockdown parcial ou total, o que impacta não só a demanda por combustíveis mas deve tensionar o cenário macroeconômico e ampliar a aversão ao risco, exercendo pressão sobre as commodities.
Diante deste quadro no mercado de combustíveis, a paridade do hidratado no Centro-Sul, que rondava os 20,50 c/lb agora se encontra por volta de 19,50 c/lb, com o indicador StoneX para o hidratado recuando 15 centavos por litro na semana, agora em R$ 4,44/L (PVU em Ribeirão Preto). Apesar das perspectivas mais altistas para o etanol, dada a entressafra mais longa, a queda dos preços de petróleo dificulta novas altas no curto-prazo.
Hoje, as cotações em NY amanhecem testando a resistência dos 19,86 c/lb, patamar que coincide com a média móvel de 60 dias; um segundo ponto de suporte é a média móvel de 100 dias em 19,49 c/lb, nível que coincide com a paridade do hidratado indicada acima.
Câmbio
Fechamento (19/nov): 5,6102 (+0,79%)
Viés do dia: Misto
Suporte: 5,50
Resistência: 5,72
Dollar Index: 96,09 (+0,06%)
O dólar ganhou força ante o real na última sessão, ultrapassando novamente a marca dos R$ 5,60, com avanço de 0,79% no dia; na semana o dólar acumulou crescimento de 2,8% e 8% em relação ao início do ano. O cenário de maior aversão ao risco no mercado interno, aguardando o resultado da PEC dos precatórios, e os dados de retomada da economia americana deram espaço para este cenário cambial.
Nos EUA, a semana deve ser marcada pela definição do novo dirigente do Fed, a ser apontado pelo presidente Joe Biden. Ao que tudo indica, Jerome Powell deve seguir na cadeira principal da instituição, apesar de outros nomes também serem cotados. Outro ponto de atenção nos EUA será a respeito da estratégia de redução dos estímulos, com a divulgação da ata da última reunião do FOMC. Alguns dirigentes do Fed já se posicionam a favor da aceleração do tapering a fim de conter a pressão inflacionária, o que pode adiantar a retomada da elevação dos juros nos EUA, favorecendo a divisa americana.
No Brasil, o foco essa semana será na decisão da PEC dos precatórios, a qual será avaliada na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado na quarta-feira (24). Além disso, o presidente Jair Bolsonaro também declarou que haveria reajuste no salário de servidores caso a PEC fosse aprovada, ocasionando em mais preocupações sobre a estabilidade das contas públicas para o mercado.
No mais, mantemos no radar também o aumento nos casos de covid na Europa, fato que pode voltar a trazer estresse para os ativos de risco.
Lembramos que, devido ao feriado de Dia de Ação de Graças nos EUA na quinta-feira (25), os mercados no país estarão fechados durante o dia, e funcionará até as 13:00 na sexta-feira (26).
Fonte: StoneX