Fechamento SBH4 (21/12): 20,24 (-68 pts / -3,3%)
Viés do dia: misto/altista
Suporte: 20,04 / 19,70
Resistência: 20,50/20,83
Iniciamos esse comentário com algumas estatísticas sobre o mercado de NY. Desde o dia 27/nov, quando fechou a 27,20 c/lb, a tela Mar24 já caiu 26%. Nesta quinta-feira o contrato contínuo negociou no menor valor desde 1/mar/23, fechando o gap deixado na expiração da tela Mar23. O mês de dezembro acumula até o fechamento de ontem queda de 22%, a maior desde março de 2020 (pandemia). Antes disso, apenas em março de 2010 vimos retração maior que essa.
Não há mudança de fundamentos que sozinha explique tamanha desvalorização. O que tem potencializado o movimento de baixa é a ação vendedora dos fundos especulativos, que a essa altura já devem ter zerado suas posições líquidas compradas. Nesse momento não acreditamos que eles tenham apetite para entrar vendidos de maneira expressiva, de modo que entendemos que o mercado esteja próximo de piso. O que também adiciona nesta visão, é o cenário técnico do NY que encontra-se em patamar de sobre venda há cerca de duas semanas, um período longo visto apenas em mar-abr/20 na retração da pandemia. Nesta manhã observamos trégua no movimento de baixa, com o açúcar operando em tímida valorização até o momento.
Nesse sentido, interessante o comunicado do Citi de que acionou um stop loss para vender a 20 c/lb uma estratégia de aposta na alta, em que entrou comprado no Mai24 a 22,15 c/lb no último dia 7 de dezembro. Tamanha queda sem dúvidas pegou muitos de calças curtas.
Nos próximos meses o clima do Centro Sul será decisivo para o direcional do mercado ao longo de 2024. Após seca em novembro e dezembro, são esperados bons volumes de chuvas para a virada do ano, o que pode aliviar um pouco as preocupações dos produtores com relação ao desenvolvimento da cana. Ainda assim, o modelo americano de projeções climáticas continua sugerindo um verão seco por aqui. Se isso ocorrer, podemos ter um importante fator de suporte no mercado a médio prazo, já que com as quebras de Índia e Tailândia, o Brasil ganhou ainda mais protagonismo.
Fonte: StoneX