Fechamento SBH21 (23/fev): 18,41 c/lb (-37 pts)
Viés do dia: Misto
Neste momento SBH21: 18,29 (-12 pts)
Na terça-feira, o NY#11 passou por um movimento de correção após as recentes altas expressivas do mercado, com o contrato mais ativo SBK1 consolidando-se em 17,01 c/lb. Vale destacar que o spread H1-K1 voltou a se apreciar em mais 6 pts para 1,40 c/lb, reforçando as expectativas de elevada entrega na bolsa na sexta. O número de contratos em aberto encontra-se em 70,3 mil, contra 60 mil no ano passado, cuja entrega foi de 956 mil t. Portanto, podemos ver uma entrega acima deste patamar este ano.
Do ponto de vista dos fundamentos, o mercado segue altista no curto e médio prazos. Grande parte das usinas no CS deve postergar o início da moagem da safra 21/22 em até 3 semanas por conta do clima mais seco no ano passado, o que deve manter o tradeflow do açúcar apertado. O clima na Tailândia segue sendo fator de suporte, já que as chuvas se posicionaram 53% abaixo da média nas principais regiões do país asiático em janeiro, dificultando a recuperação de seus canaviais. Por tudo isso, a tela de Maio tende a seguir em movimento de alta.
Referente ao mercado físico, destaque para a subida do indicador CEPEA/ESALQ para R$109,54/SC (+4,4% na semana), após ter perdido um pouco do ímpeto altista nas últimas semanas. Ainda assim, a arbitragem do mercado externo segue sendo bastante superior ao preço nacional, cotada a R$ 121,41/sc.
Dólar
Fechamento (23/fev): R$ 5,4456 (-0,17%)
Viés do dia: Misto
Suporte: 5,38
Resistência: 5,54
Dollar Index: 90,142 (-0,03%)
O dólar teve mais uma sessão volátil nesta terça-feira, na esteira que os agentes reagiam de forma mista aos acontecimentos recentes que põem em cheque a agenda liberal do governo. No fim da sessão, com sinalizações mais positivas do Presidente da República ao ministério da economia, o câmbio encerrou em leve queda.
No exterior, a fala do chairman do Fed, Jerome Powell, trouxe certo alívio às taxas de retorno dos treasuries americanos, o que beneficia ativos de risco já que o diferencial de juros dos Estados Unidos não fica apertado. Com a melhora do sinal para as emergentes, a taxa de câmbio brasileira seguiu a tendência no fechamento.
No Brasil, dois acontecimentos animaram investidores: o primeiro, foi a declaração do presidente da câmara, Arthur Lira, de que daria andamento à PEC emergencial tão prontamente esta fosse enviada pelo Senado.
O segundo foi a entrega da MP da privatização da Eletrobras por parte do governo. O Presidente Bolsonaro foi a pé do Planalto ao congresso, e a entregou aos chefes do Legislativo - por seu caráter imediato, o BNDES pode iniciar os estudos para a privatização da estatal ainda hoje. Para o mercado, o gesto foi contrapartida à recente interferência no comando da Petrobras, e deve arrefecer movimentos oriundos de risco político no curtíssimo prazo.
Fonte: StoneX