Fechamento SBH22 (22/fev): 18,48 c/lb (+ 28 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 18,27
Resistência: 18,50 e 18,70
Neste momento SBH22: 18,54 (+ 6 pts)
Em meio às reações do mercado aos desdobramentos da questão da ucraniana, o açúcar teve uma sessão construtiva nessa terça, seguindo tendência observada em outras commodities em bolsa - o Petróleo Brent, por exemplo, chegou bem próximo de romper a marca de US$ 100/bbl.
A produção de açúcar chinesa na safra atual passou por adversidades, como perda de área de cultivo e níveis de precipitação e baixas temperaturas recordes na região. Diante disso, a expectativa do CASDE é que a produção de açúcar registre 9,2 milhões de toneladas, queda de 8% sobre a perspectiva anterior do instituto; Caso tal recuo ocorra será a menor produção desde 2015/16. Sendo assim, existe forte chance de a China intensificar sua posição de demandante no mercado global de açúcar.
Ainda na Ásia, a produção tailandesa tem caminhado em passos mais lentos por conta das fortes chuvas na região, e algumas casas de análise já começam a estimar queda nos números de produção de açúcar do país. Enquanto isso, a Indonésia deve aumentar sua demanda por açúcar no mercado internacional; o país já importou 3,4 MMT no ciclo atual. Entre os motivos para o movimento estão a expectativa de crescimento entre 5 e 7% da indústria de alimentos e bebidas, somado ao aumento sazonal do consumo durante o período do Ramadã.
No mercado de combustíveis, o aumento do preço do petróleo, diante do cenário instável devido à situação na Ucrânia como supracitado, reflete na pressão sobre os preços da cadeia de commodities energéticas em nível global. Diante disso, existe a possibilidade de reajuste da Petrobrás caso a tendência de alta se consolide. Após o encerramento de ontem, o espaço para reajuste na gasolina A é de R$ 0,2034. Caso o reajuste ocorra, a possibilidade de valorização do etanol é alta, visto que foi registrada paridade de 70,49% nas bombas do Estado de São Paulo.
Câmbio
Fechamento (22/fev): 5,0603 (-0,91%)
Viés do dia: Misto
Suporte: 5,00
Resistência: 5,12
Dollar Index: 95,899 (-0,17%)
Durante a última sessão, o dólar seguiu seu movimento de queda frente ao real, influenciado pela dinâmica de apetite à ativos de riscos no mercado internacional, em especial a procura pelo mercado brasileiro. Deste modo, o real alcançou a cotação mínima diária desde julho/21, R$ 5,0445 (-1,15%), fechando logo acima desse nível e acumulando queda de 9,17% em 2022, obtendo o melhor desempenho dentre as moedas emergentes.
Um dos principais pontos para a valorização do real se encontra na dinâmica dos fluxos de recursos estrangeiros. Em janeiro, R$ 32,491 bilhões adentraram no mercado nacional buscando rendimentos, maior valor desde novembro de 2020, corroborando a alta de 7,64% do Ibovespa em 2022. Em fevereiro, o acumulado até o dia 18 já se encontra em R$ 23,314 bilhões. Hoje, às 14:30, o Banco Central divulgará novos dados a respeito do fluxo cambial estrangeiro, que deve apontar a dinâmica da entrada de capital externo, fator baixista a divisa brasileira.
Na perspectiva internacional, os desdobramentos da tensão entre Rússia e Ucrânia se intensificaram após a ocupação russa das duas províncias do Donbass reconhecidas recentemente como independentes por si. Na última sessão, Putin alegou que as nações ocidentais descumpriram acordos internacionais ao permitirem o avanço da OTAN ao longo do leste europeu e que, deste modo, ao incluir a Ucrânia na organização, os EUA poderiam incluir instalações bélicas na fronteira com a Rússia e os ataques poderiam atingir importantes cidades em menos de uma hora. Em resposta às ações do Kremlin, EUA, Inglaterra e União Europeia decidiram aplicar sanções econômicas ao país.
Hoje, mercados asiáticos fecharam em alta, ao passo que futuros americanos e bolsas europeias também seguem o movimento positivo, em movimento de correção com agentes aguardando novas resoluções frente aos conflitos geopolíticos. Na agenda econômica, às 09:00 será divulgado o IPCA-15, considerado prévia da inflação, projetado em 0,85% no mês de fevereiro e, caso se apresente acima do esperado, tende a fortalecer a divisa brasileira, aumentando as expectativas da continuidade nas ações do aperto monetário do Banco Central.
Fonte: StoneX