Fechamento SBN22 (20/maio): 19,95 (+18 pts) c/lb
Viés do dia: Misto
Suporte: 19,75 e 19,56
Resistência: 20,20 e 20,35
Neste momento SBN22: 20,01 (+ 6 pts)
No pregão da última sexta-feira, o açúcar NY voltou a se valorizar em meio ao clima frio no Centro-Sul ainda trazendo perspectivas de geadas e consequentemente, aumentando as incertezas quanto ao mix de produção da safra. Adicionado a isto, o petróleo também ganhou força rompendo novamente os $113/barril e o dólar caiu forte para baixo dos 4,90, adicionando suporte à cotação do adoçante.
De acordo com o GFS-NOOA é previsto gradativa elevação das temperaturas reuzindo riscos maiores de geadas no Centro-Sul de forma geral. Ainda na região do CS, é esperada precipitação baixa em maio que até o momento já foram registrados 29 mm e a projeção é de mais apenas 7,13 mm, configurando queda de 44,75% frente a média dos últimos 10 anos. Porém, já é um período natural de baixa precipitação e poderá incentivar no avanço da moagem, principalmente no Estado de SP.
O preço do etanol hidratado encerrou a semana novamente em leve queda, negociado ao redor de R$ 4,00 (PVU Ribeirão Preto), configurando equivalência no NY em 20,53 c/lb. A ANP divulgou o valor da gasolina e etanol nas bombas no Estado de São Paulo, com registro de leve recuo do biocombustível, precificados a 6,90 e 4,94, respectivamente, configurando paridade de 71,59%. Destaca-se que até a sexta-feira, após registro de avanço do preço do petróleo, a gasolina apresentou aumento na paridade e reajuste da Petrobras agora estimado de R$ 0,2568. Ainda assim, o mercado não conta muito com este reajuste no combustível por já terem visto discrepências muito maiores e sem reação da Petrobras.
Nesta manhã, o açúcar futuro segue em alta acompanhando também a valorização do Petróleo que segue com 1% de alta neste momento.
Câmbio
Fechamento (20/mai): 4,8804 (-1,05%)
Viés do dia: misto/baixista
Suporte: 4,90
Resistência: 5,08
Dollar Index: 102,1310 (-0,99%)
Ao fechamento da última semana, o dólar voltou a perder força diante do real, resultando em uma retração semanal de 3,69% em relação a sexta-feira anterior. O movimento, que em grande parte acompanhou o exterior, teve sua origem na proposta de estímulos à economia chinesa, após o Banco Central Chinês informar o corte de uma taxa de juros relativa a hipoteca no país, assim fortalecendo parceiros comerciais como o Brasil. Além disso, o Dollar Index voltou a recuar abaixo dos 103, após superar os 105 na última semana, sugerindo um enfraquecimento generalizado do dólar frente rivais fortes e emergentes.
Na perspectiva internacional, a discreta agenda de indicadores e divulgações de hoje se limitam a comentários dos membros de bancos centrais e comitês monetários, como George, membro do FOMC, e Bailey no BoE (10h15). No segundo caso, o mercado aguarda comentários de teor hawkish por parte do governador, com o intuito de sinalizar novas medidas para a atenuação inflacionária na região e possivelmente desencadeando alguma volatilidade nos contratos em libra. Do ponto de vista do real, visto que diante das poucas divulgações não há expectativas quanto a eventos que devam despontar movimentos acentuados nos mercados, dificilmente revertendo o enfraquecimento do dólar internacionalmente. No mais, é esperado que os mercados ainda reflitam a inércia da última sexta-feira, possivelmente levando a apreciação do real e outros pares diante do dólar ainda na sessão de hoje.
Na sessão de hoje, índices futuros de Norte Americanos e bolsas na Europa operam majoritariamente no positivo, ao passo que mercados asiáticos encerraram sem direção única na sessão, com baixas puxadas pelo setor de tecnologia. O mercado internacional ainda segue bastante atento à comentários que desenhem um cenário de elevação dos juros mais claro, sendo a liberação da minuta do FOMC na quinta-feira um dos principais pontos a serem acompanhados durante a semana.
Fonte: StoneX