Fechamento SBN22 (22/06): 18,45 c/lb (- 21 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 18,45/18,16
Resistência: 18,73
Neste momento: 18,47 c/lb (+ 2 pts)
A cotação do açúcar no mercado internacional voltou a cair no pregão de ontem, seguindo a pressão de baixa no mercado de combustíveis após o petróleo atingir mínima de um mês negociando a US$ 107,00 o barril, recuo de mais de 6,5% na mínima do dia.
O mercado de energia (petróleo e derivados) continua digerindo e precificando as altas taxas de inflação nas principais economias do mundo, com ações direcionadas a rápida elevação nos juros internos e que, como consequência, amplia o receio de uma recessão na economia global. Este cenário tende a pressionar commodities em geral com os investidores reduzindo ativos de maiores riscos, incluindo liquidação de fundos especulativos destes ativos, fator que servirá de forte limitador de recuperação nas cotações do demerara de curto prazo.
Outro fator de pressão baixista para o demerara é a desvalorização rúpia indiana que atingiu no pregão de ontem a menor paridade histórica frente ao dólar, favorecendo as exportações do adoçante. Apesar da barreira à exportação sendo imposta pelo Governo até o limite de 10 mmt, ainda assim, abre espaço para maior conforto no trade flow mundial, rentabilizando ainda mais o exportador indiano.
No mercado doméstico, tanto o açúcar quanto o etanol têm demonstrado baixo volume de negócio com os produtores segurando parte dessa oferta, com o indicador do cristal Esalq/SP cotado a R$ 126,17/saca e o hidratado a R$ 3,70/L RP/SP. A paridade do etanol com o NY, atualmente estimada em 18,73, vem servindo como importante resistência na bolsa. Parte desta paridade tem sido embasada pela forte alta nos preços dos cbios que atingiram máxima histórica ontem a R$ 176, equivalente a aprox. 1,13 c/lb
Câmbio
Fechamento (22/jun): 5,1947 (+1,31%)
Viés do dia: Misto/altista
Suporte: 5,10
Resistência: 5,25
Dollar Index: 104,537 (+0,12%)
Seguindo de uma sessão marcada por diversas trocas de sinais, a divisa americana encerrou com considerável apreciação frente a moeda brasileira, refletindo o refúgio dos agentes internacionais nos títulos americanos. O movimento ocorre em meio à crescente possibilidade de recessão econômica, reiterada no discurso de Jerome Powell ao congresso americano, levando o dólar a avançar diante de diversas paridades emergentes.
No cenário internacional, a sessão de hoje será marcada pela divulgação de diversos índices industriais, como vistos de madrugada na União Europeia e Reino Unido, majoritariamente abaixo das previsões.Além disso, teremos o PMI americano às 10h45, a continuação do discurso de Powell às 11h e, ao final do dia, as métricas de inflação no Japão às 20h30. Diante da grande quantidade de divulgações e da baixa expectativa de melhoria de tais índices, é possível que novas pressões ao real sejam vistas ao longo da sessão de hoje.
Hoje, bolsas asiáticas encerraram majoritariamente em alta, a medida que mercados europeus recuam e futuros americanos operam sem viés definido durante a sessão. Vale notar que a preocupação com o risco fiscal no Brasil e a recessão econômica são fatores de suporte forte para o dólar no curto prazo.
Fonte: StoneX