Fechamento SBV21 (20/ago): 19,58 c/lb (-21 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 19,20
Resistência: 20,00
Neste momento SBV21: 19,59 (+1 pt)
O NY#11 encerrou a semana estendendo suas perdas por toda a curva futura, em meio a realização de lucros e persistência de um cenário macro desfavorável. Destacamos que a correção do NY foi menos expressiva do que em outras commodities, de modo que novas correções não estão descartadas. Até o momento, cotações permanecem próximo a estabilidade em NY.
Contudo, a tendência altista do mercado de açúcar deve permanecer, considerando a quebra de safra no CS e sinalizações de que o subsídio não deve ser renovado na Índia. Suporte também é encontrado no pedido da ISMA de que o preço mínimo de venda (MSP) seja aumentado, o que poderia levar o breakeven indiano para cima dos 20 c/lb.
O relatório do CFTC mostrou que, até terça-feira (17), os specs aumentaram seu saldo líquido comprado em 7 mil lotes (+2,96%), para 256.617 mil contratos, movimento que podr ter sido revertido após o recuo das cotações em NY. Apesar da grande presença no mercado, os specs não têm ultrapassado os 250 mil lotes por muito tempo. Comerciais, por sua vez, reduziram seu saldo líquido vendido em 3,7 mil lotes (-0,82%), para 457.881 contratos.
No mercado de combustíveis, o Brent emendou o 7º dia consecutivo de perdas, encerrando a semana em US$ 65,18/barril, o menor valor desde abril. Abre-se espaço para um reajuste negativo da Petrobras, mas sem anúncios nesse sentido, os preços dos combustíveis avançaram nas bombas, com a paridade agora em 75,8% em SP (ante 75,4% na semana passada). O indicador StoneX apontou negócios realizados a R$ 3,80/L para o hidratado (-2 centavos na semana) e novos recuos não estão descartados; o atual patamar equivaleria a 17,51 c/lb em preços de NY (vs 18,15 c/lb na semana passada).
Câmbio
Fechamento (20/ago): R$ 5,3807 (-0,63%)
Viés do dia: Misto/Baixista
Suporte: R$ 5,30
Resistência: R$ 5,48
Dollar Index: 93,255 (-0,27%)
Após abrir em alta e romper a barreira dos R$ 5,47, o dólar cedeu ante o real no fim da sessão e acabou fechando em queda na última sexta-feira. Na semana porém, a divisa americana subiu 2,65% ao passo que o Ibovespa cedeu 2,6%, refletindo a deterioração do cenário político-fiscal em Brasília, além de um exterior que já começa a precificar uma desaceleração do programa de recompra de ativos do Fed.
Sobre este último tema, a semana deve ser de indicações mais claras, principalmente durante o tradicional simpósio anual de Jackson Hole do Fed, que acontecerá entre a próxima quinta (26) e sábado (28); na sexta (27) às 11h teremos no discurso do presidente da instituição, Jerome Powell, o ponto alto do evento, que certamente será acompanhado de perto pelos agentes do mercado cambial.
Já no Brasil, a semana seguirá com os holofotes no STF e na instabilidade política pela qual o país passa. Na última sexta-feira, o presidente da República protocolou pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes após este decretar prisão de apoiadores do governo, fato que deve se desenrolar melhor ao longo dessa semana. Além disso, na quarta (25) o tribunal julgará a constitucionalidade da lei que deu autonomia ao Banco Central, após pedido de partidos de oposição. O fato vem pouco após suposta frase polêmica de Bolsonaro, que teria dito que se arrependeu de aprovar a autonomia da autoridade monetária e trouxe ainda mais temor aos mercados.
Hoje, bolsas globais operam no campo positivo, refletindo uma provável correção após sessões mais negativas no final da semana passada, abrindo espaço para ganhos nos ativos de risco, o que pode eventualmente favorecer o real.
Fonte: StoneX