Fechamento SBH22 (22/nov): 19,76 c/lb (-23 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 19,50
Resistência: 20,10
Neste momento SBH22: 19,69 ( -7 pts)
Em movimento de correção, mercado de açúcar encerrou a segunda-feira em queda, apoiada no aumento do número de casos de COVID-19 e o início da retomada de medidas restritivas na Europa, que exercem pressão sobre as commodities.
Outro fator que contribui para essa correção das cotações é o clima no Centro-Sul. Além do mês de outubro com precipitação acima da média, seguimos com previsão de chuvas abundantes no final de novembro e, também, em dezembro. Apesar do La Niña, as condições de temperatura do Atlântico favorecem o aparecimento de chuvas no centro-oeste brasileiro, aliviando a preocupação com os canaviais para a próxima safra.
No mercado de combustíveis, a paridade do hidratado no Centro-Sul em relação à gasolina alcançou 82% nas bombas de SP durante a última semana. Da última semana para cá, contudo, vemos os preços arrefecendo nas usinas, com o hidratado saindo ontem ao redor de R$ 4,33/L (PVU em RP/SP), dada a demanda enfraquecida e baixa competitividade do biocombustível nas bombas. Tal dinâmica também reforça um ímpeto mais baixista ao açúcar no curto-prazo, dada a equivalência do etanol já ao redor de 19,00 c/lb, reduzindo parte da pressão altista de uma possível reversão do mix da produção no CS.
Em meio a esse contexto de redução de incertezas, o açúcar tende a se manter abaixo das recentes altas, mas o patamar de 19,50 c/lb ainda deve representar um 1° suporte relevante. Se alguns países devem liberar reservas emergenciais de petróleo para conter a alta dos combustíveis, a medida é apenas paliativa, não sendo sustentável no longo-prazo, e já suscitou uma ameaça de corte de produção pela OPEP. No mais, a nova onda de Covid tende a ser menos agressiva, dado o avanço da vacinação no mundo, o que pode impactar menos o consumo de commodities e a queda do preço do etanol pode levar a um retorno do consumo, oferecendo certo suporte para quedas para além de R$ 4,20/L.
Câmbio
Fechamento (22/nov): 5,5969 (-0,24%)
Viés do dia: Misto
Suporte: 5,50
Resistência: 5,72
Dollar Index: 96,42 (-0,13%)
O dólar perdeu força no último dia após valorizar-se por 5 sessões consecutivas ante o real. Durante boa parte do dia a divisa brasileira apresentou força, alcançando a mínima intradiária de R$ 5,5625 (-0,85%). No entanto, com a decisão de Biden para a manutenção de Jerome Powell como presidente do Fed, a moeda norte-americana voltou a ganhar força globalmente ao longo da tarde da última sessão, fechando em leve queda ante o real.
A decisão da manutenção de Powell indica ao mercado a progressão do posicionamento hawkish pelo Fed, com perspectivas de aceleração na retirada de estímulos. Deste modo, agentes agora aguardam por mais pistas sobre os próximos passos na decisão da taxa de juros; a divulgação da ata da última reunião do FOMC, agendada para amanhã (24), pode trazer mais informações a respeito da estratégia do Fed.
No Brasil, a última sessão apresentou atualizações no boletim Focus, com aumento da projeção do IPCA neste e no próximo ano, e previsão da Selic para 11,25 p.p. em 2022. O mercado ainda aguarda a decisão sobre a PEC dos precatórios, com votação marcada para amanhã (24); no entanto, ontem o STF avaliou a constitucionalidade da ampliação dos gastos para o Auxílio Brasil em ano eleitoral, com maioria dos ministros posicionando-se a favor do orçamento. Assim, apesar da decisão aliviar o governo, o mercado interno segue averso ao risco aguardando o resultado da votação da PEC.
Hoje o mercado acionário opera entre cenário misto e quedas, com o aumento nos casos de Covid na Europa no radar e preocupações com a inflação global e desfechos da política monetária americana com a manutenção Powell. Áustria e Holanda já decretaram lockdown parcial. Alemanha também estuda a instalação das medidas de isolamento, com uma das menores taxas de vacinação do continente.
Fonte: StoneX