Fechamento SBH22 (22/dez): 19,26 c/lb (+52 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 18,90
Resistência: 19,49 (MM 50 dias)
Neste momento SBH22: 19,14 c/lb (-12 pts)
Na quarta-feira o mercado do açúcar continuou a subir de forma consistente, recuperando as perdas apresentadas na última sexta-feira – a qual se estendeu até segunda – e alcançou a máxima de 19,38 c/lb na tela mais próxima do NY#11, fechando um pouco abaixo deste nível. Tal movimento foi impulsionado principalmente pelo mercado reduzindo temores à respeito da variante Ômicron, mas ainda mantendo o fator no radar, e principalmente pela insustentabilidade da baixa dos preços no curto prazo em um mercado que espera-se ser deficitário na próxima temporada.
Na Tailândia, a safra apresenta bons resultados no início da moagem. Até o momento 7,3 MMT de açúcar foram produzidas, aumento de 92,1% comparado ao mesmo período do ano anterior, quando apresentava 3,8 MMT. A produção do país estimada é de 10,7 MMT até o fim da temporada, o que pode contibuir para um leve arrefecimento dos preços e contribuir para a oferta global, uma vez que a Índia encontra melhores preços no mercado interno.
No mercado de combustíveis, o hidratado segue precificado à R$ 3,99/L (PVU RP-SP), ainda abaixo dos níveis do açúcar, assim como o anidro, cotado à R$ 4,00 e com baixo volume de negócios no spot. Tais fatores contribuem para a maior produção do açúcar e, somado a alta do dólar, podem ser fatores para o arrefecimento dos preços do adoçante no próximo ano, com produtores domésticos guiando a produção para o mercado internacional.
Amanhã (24/12) os mercados estarão fechados devido a véspera de Natal.
Câmbio
Fechamento (22/dez): 5,6603 (- 1,47%)
Viés do dia: Misto
Suporte: 5,54
Resistência: 5,75
Dollar Index: 96,1110 (- 0,04%)
Na quarta-feira, o dólar encerrou o dia apresentando um considerável movimento de queda. Após alcançar a máxima intradiária de R$ 5,74 logo na abertura da sessão, a moeda americana seguiu em queda ante o real ao longo de todo o dia. Tal movimento ocorreu globalmente, com queda de 0,45% do dólar index e fortalecimento de demais emergentes, tendo sido amplificado por duas intervenções do BC no Brasil, que promoveu US$ 1,43 bi de liquidez no mercado por meio de swaps cambiais.
No Brasil, na terça-feira tivemos a aprovação do Orçamento de 2022, que projeta reajustes salariais apenas aos policiais federais, possibilitado por futuros cortes na verba destinada à Receita Federal, sendo esta uma demanda direta do presidente Bolsonaro. Diante disso, ontem, mais de 500 profissionais de cargos da chefia da Receita Federal entregaram seus cargos como protesto à ação presidencial. Tal situação cria um cenário de instabilidade fiscal no Brasil, já que pode criar uma crise intitucional, com outras categorias do funcionalismo público podendo reinvindicar aumentos salariais também, o que pode dar um tom altista para o dólar.
No cenário internacional, nos EUA, ontem o FDA aprovou para uso emergencial a pílula anti Covid 19 da Pfizer, que reduziria em até 89% a internação de pessoas com Covid. Tal ocorrência é um marco diante dos dois anos pandêmicos e é visto com algo positivo pelo mercado, sendo um fator que traz maior apetite ao risco nos mercados. Apesar dos estudos e dados hospitalares em relação a Ômicron mostrarem resultados positivos frente a vacinação, na Europa e China os números de infectados apresenta aumento e segue como tema de cautela.
Na agenda econômica, hoje às 09:30, será divulgado o IPCA referente ao mês de dezembro que é projetada nos 0,8%. Além disso, hoje às 10:30, teremos a divulgação dos pedidos iniciais por seguro-desemprego nos EUA, a projeção é de queda de 0,50% nos pedidos frente ao mês anterior.
Fonte: StoneX