Fechamento SBH4 (23/01): 23,75 (+25 pts)
Viés do dia: misto
Suporte: 23,67 / 23,09
Resistência: 23,88 / 24,05
Cotação neste momento (SBH4): 23,86 (+11 pts)
Nesta terça-feira o açúcar operou em alta, renovando sua máxima e fechando acima da média móvel de 50 dias (23,67 c/lb). A confirmação de um rompimento, que até o momento, nesta quarta-feira, tem se confirmado, com leve alta das cotações, pode dar fôlego adicional à correção de preços iniciada na semana passada. Contudo, notamos que a força do mercado tem sido limitada pela venda do setor comercial, que no caso das usinas brasileiras tem se aproveitado de um dólar mais próximo de R$ 5,00 para avançar em suas fixações.
Do lado dos fundamentos destacamos a divulgação do acompanhamento de safra da Índia referente ao último dia 15/jan. A ISMA mostrou produção de açúcar acumulada em 14,95 MMT vs. 15,79 MMT na comparação anual (-5,3%). A redução da defasagem, com números melhores que o previsto, levou a Associação a solicitar que o governo libere mais 1,0 a 1,2 MMT de açúcar para a fabricação de etanol, em adição às 1,7 MMT permitidas.
Adicionalmente a ISMA sinalizou que a próxima safra também está aparentando melhor do que se imaginava um mês atrás. É esperada para o final deste mês a atualização da estimativa para o ciclo atual por parte da Associação, que segue defendendo condições melhores ao biocombustível, inclusive com um aumento de preços para o etanol de cana indiano.
Vamos manter no radar a passagem do ciclone Kirrily na Austrália, que recentemente teve regiões produtoras de cana impactadas negativamente pelo ciclone Jasper. Lembramos que o país é um exportador importante de açúcar.
No mercado brasileiro há continuidade do movimento de fortalecimento do hidratado, com negociações ao redor de R$ 2,47/l na praça de Ribeirão Preto – SP. A paridade aberta nos principais centros consumidores tem mantido demanda mais fortalecida, dando sustentação às cotações. Reiteramos nossa visão de que a situação atípica de estoques amplos que tem resultado em cenário de preços baixos deve se normalizar. Estimamos que os estoques voltem para média no final de abril e que ao final de maio já tenhamos um nível de estoques abaixo de 2023 e também da média histórica, o que traz cenário mais positivo aos preços para a safra que vem.
Fonte: StoneX